Comportamento

Folia na dose certa!

10/02/2018

Ah, o Carnaval… é tanta festa, samba, alegria, azaração, que fica muito fácil esquecer de cuidar da saúde durante a folia. Nestes dias tão esperados pelos brasileiros, alguns vilões como a alimentação errada, o abuso do álcool e o sexo desprotegido, podem estragar as comemorações. Por isso, antes de se fantasiar e botar o bloco na rua, tenha em mente que curtir o Carnaval em excesso e sem responsabilidade e respeito, pode lhe trazer consequências para o resto da vida.  
 

Saúde em primeiro lugar!

Quando o assunto é Carnaval e saúde, a primeira coisa que vem à cabeça é sexo seguro! Neste ano, com os casos de febre amarela no estado de São Paulo e a intensificação da vacina, pouco tem se falado sobre a importância da prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), que crescem nesta época. 

O infectologista Marcos Caseiro lembra que o mundo vive, atualmente, uma epidemia de Sífilis, transmitida sexualmente. "É uma doença não só passada pela penetração, mas também pelo sexo oral, desde que a pessoa tenha a infecção nos órgãos genitais ou na boca. O grande problema da Sífilis é que, inicialmente, ela inicia como uma ferida indolor, que passa despercebida e, por isso, a pessoa acaba não procurando serviço médico", alerta.

Entre as outras doenças que também têm aumento de casos neste período estão a gonorreia, que causa corrimento durante três dias após a relação sexual desprotegida, e, obviamente, a Aids. "Nós temos observado aumento impressionante no número de casos de HIV na nossa cidade. Todas essas doenças são prevenidas pelo simples preservativo. Não há outras medidas, a não ser o sexo seguro, com parceiro fixo. Quem tiver parceiro casual, é imperativo que se use a proteção", orienta Caseiro.

 

Não é não, bonitão!

Se por um lado o Carnaval é uma festa que celebra a alegria e a liberdade, por outro, ainda é marcado por episódios negativos, como casos de assédio durante a folia, que atingem, principalmente, as mulheres. 

"Carnaval é momento para alegria e descontração, para cantar, dançar e se divertir, sempre com bom senso. O que significa não obrigar ou constranger outra a pessoa a algo que ela não deseja", indica a doutora em Psicologia Gisela Monteiro.

Moderar no consumo de bebidas alcoólicas ajuda a manter o respeito durante a festa e a não confundir aproximação consensual com abordagem agressiva. "O fato de uma pessoa usar pouca roupa não quer dizer que ela está disposta a ficar ou transar. Só quer dizer que ela quer se vestir desta forma. Isso não autoriza ninguém a tirar conclusões e se achar no direito de assediar. Na dúvida, é sempre desejável se aproximar olhando nos olhos e pedindo o consentimento. Sem tocar, puxar ou forçar a barra. Não é não! Deve-se respeitar todas as pessoas", alerta a especialista.