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Contraceptivos hormonais

10/02/2018

O uso de contraceptivos hormonais orais, a chamada “pílula”, é um dos métodos usados para se evitar a gravidez. A Organização Mundial da Saúde estima que 9% das mulheres no mundo a utilizam, considerando-se todos os países. No Brasil, 25% das mulheres que utilizam algum método contraceptivo utilizam os contraceptivos. Lançados na década de 1960, revolucionou a vida sexual das mulheres, dando-lhes mais liberdade e fazendo com a vida sexual deixasse de ser meramente reprodutiva e passasse para o plano do prazer.

Os contraceptivos atuais são mais seguros do que os daquela época, porém ainda assim, como todo medicamento, apresentam restrições de uso e reações adversas. Os contraceptivos são compostos por hormônios femininos ou seus derivados. Os produtos mais comuns apresentam dois tipos de hormônios femininos e são chamados de combinados. Eles são compostos por um hormônio estrogênico e por outro progestogênico. Esses hormônios impedem o processo de ovulação e, portanto, a gravidez.

Há muitas marcas no mercado. Além de diferentes substâncias, pode haver variação na concentração. Quando a concentração de hormônios é a mesma em todos os comprimidos, são chamados de monofásico. Quando há duas concentrações diferentes, difásico ou em três, trifásico. Normalmente, há identificação na cartela (cores diferentes, por exemplo) pois os comprimidos devem ser tomados em uma ordem pré-definida. Estudos demonstram que os bifásicos ou trifásicos não apresentam vantagens sobre o monofásico. 

Assim, todos são eficazes. Ao usá-lo corretamente, a eficácia é de 99%. Porém, o que se percebe é que, na prática, a eficácia cai para 92% em função de erros em seu uso. Usar corretamente significa tomá-los sempre no mesmo horário do dia, sem esquecimentos. Caso isso ocorra, tome-o imediatamente ao lembrar-se. Até aqui, o risco de engravidar é baixo. Caso tenha passado mais de um dia, tome os dois comprimidos juntos. Isso fará com que mantenha o ciclo de tomada, porém será necessário usar outra forma de contracepção. Além disso, alguns medicamentos podem diminuir a eficácia dos contraceptivos. 

Os contraceptivos não protegem contra as infecções sexualmente transmissíveis e, para esse caso, o uso de preservativo, masculino ou feminino, é fundamental. As mulheres fumantes, que sejam hipertensas, com histórico de trombose e que tenham mais de 35 anos, devem analisar junto ao seu médico sobre a segurança do uso das pílulas.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.