Cinema, debates e ato religioso lembrarão os 34 anos do incêndio da Vila Socó

Quase meia-noite do dia 23 de fevereiro de 1984. O forte cheiro de combustível sentido muitas horas antes deu lugar ao fogo que, durante a madrugada do dia 24, consumiu cerca de 2.000 moradias erguidas sobre um duto de combustíveis corroído. O incêndio na Vila Socó, em Cubatão, foi uma das maiores tragédias nacionais. A contagem oficial de cerca de 100 mortos  é contestada até hoje.

Para homenagear as vítimas, bombeiros envolvidos no acidente, além de discutir as causas e consequências da tragédia, a Comissão de Moradores da Vila São José e a Prefeitura da cidade realizam o evento "Sempre lembrar, jamais esquecer", nesta semana em que o incêndio completa 34 anos. Na programação, exibição de  filmes, debates e um ato ecumênico. 

Os eventos são abertos ao público e ocorrerão na UME João Ramalho (dias 22 e 23, às 19h) e na Praça da Cidadania da Vila São José (dia 24, às 16h).

Confira a programação:
Quinta-feira (22)
Apresentação de documentários e videorreportagens sobre o incêndio:
"Vila Socó – Uma Tragédia Anunciada", de Diego Moura, documentarista residente na Vila São José, que também participará de uma mesa-redonda após a exibição, junto com Allan Nóbrega e Leandro Ordonez, que estão produzindo um documentário sobre o tema. 
"Cubatão Urgente", de João Batista de Andrade
"Vila Socó – A Verdade Apagada", do jornalista Rodrigo Hidalgo, com produção de Tony Chastinet, da TV Bandeirantes, ganhador do Prêmio Esso de Telejornalismo de 2014.

Sexta-feira (23)
Debates com autoridades ambientais, jornalistas, advogados e representantes da comunidade sobre o que poderia ter sido feito para evitar a tragédia e o que pode ser feito para prevenir a ocorrência de situações semelhantes. 

Sábado (24)
Culto ecumênico na Praça da Cidadania, com a realização de homenagens a bombeiros, entre outros atos destinados a perpetuar a memória dos acontecimentos de 1984.