Comportamento

Você tem medo de quê?

24/02/2018

Sentir medo diante de determinadas circunstâncias é natural e até saudável, já que a sensação gera um estado de alerta no organismo que nos afasta de algum tipo de perigo ou ameaça. O problema é quando o medo se torna excessivo e ganha característica de doença, o que compromete as relações sociais e causa sofrimento psicológico. São as chamadas fobias, que podem se manifestar por animais, objetos ou situações, como viajar de avião, andar de elevador e outras.

Segundo dados do National Institute of Mental Health (NIMH), entidade norte-americana voltada para a saúde mental, as fobias específicas atingem cerca de 12,5% da população em geral. No recorte entre gêneros, porém, a diferença é grande: 12,2% das mulheres e 5,8% dos homens.

Segundo o psiquiatra Caio Magno, da Clínica Estar, o medo se torna uma fobia quando é desproporcional em relação ao estímulo e interfere na vida profissional, social e acadêmica, impedindo a pessoa de realizar suas atividades. "Para ser uma fobia específica, o medo precisa estar relacionado a animais, objetos ou situações. Além disso, há outros critérios para o diagnóstico, como sofrimento clinicamente significativo e sintomas que persistem por mais de seis meses", explic Caio Magno.
 

Tipos de fobias

A literatura médica já cadastrou centenas de tipos de fobias, desde as relacionadas a animais, passando por situações lugares fechados, elevadores, aviões etc.) a até as mais inusitadas como medo do número 8 (octofobia), ficar enrugado (ritifobia), da lua (selenofobia). Confira alguns: 
• Cinofobia (de cães) 
• Aracnofobia (de aranhas)
• Entomofobia (de baratas e outros insetos) 
• Aerofobia (de viajar de avião) 
• Claustrofobia (de lugares fechados) 
• Acluofobia (do escuro ou da escuridão)
• hipsifobia (das alturas)
• Glossofobia (de falar em público)
• Acusticofobia (do barulho)
• Amaxofobia (de dirigir carro)
• Oclofobia (de multidões)

 

É possível tratar
Atualmente, o tratamento mais eficaz para as fobias específicas é a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) e técnicas de exposição. "Essas abordagens ajudam o paciente a modificar seus pensamentos disfuncionais ou distorcidos a respeito do medo, contribuindo para mudar o seu comportamento", conclui.