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Desarmar bandidos

03/03/2018

O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, foi bastante claro ao apontar uma solução para reduzir os inacreditáveis índices de violência que assustam a população brasileira: a saída é desarmar os bandidos e não armar o cidadão comum. O ministro está correto e os fatos demonstram isso.

A paixão pelas armas é uma doença da sociedade americana e tem origem na história da colonização daquele país e na própria Constituição dos EUA. Líderes retrógrados, como Donald Tramp, acreditam que as armas podem combater o crime e, no caso do presidente daquele país, chegou ao absurdo de querer armar professores em salas de aula.

 No tema em questão, as matanças ocorridas nos Estados Unidos  confirmam que o uso indiscriminado de armas apenas provoca tragédias que a própria polícia tem sido e será sempre incapaz de evitar tamanha a complexidade da mente humana.

No Brasil, um dos países mais violentos do mundo, o que é necessário fazer é punir duramente aqueles que portam armas indevidamente e não armar a população, como querem alguns.  

O uso de armas deve ser uma prerrogativa das forças armadas, da polícia ou para quem tem porte em condições absolutamente especiais. Até porque, um civil armado terá chances mínimas diante de um bandido, que não tem nada a perder, é violento por natureza e que pega sua vítima de surpresa.  

Ao contrário de armar a população, o que certamente só provocaria mais tragédias, o fundamental é que as leis sejam duras para criminosos violentos. Hoje elas são uma piada de mau gosto. O brasileiro está cansado de ver criminosos violentos que são presos e, em pouco tempo, apesar da periculosidade, colocados na rua. O caso da jovem que matou os pais e tem indulto no Dia das Mães é um desses exemplos.

Armar a população seria um grande erro, diz com toda razão o ministro da Defesa. O que o Brasil precisa é de mais educação, oportunidades de emprego e de leis que realmente funcionem.