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Rival do PT, Mansur acredita que Lula participa da eleição

10/03/2018

Inimigo (mais do que adversário) histórico do PT, o deputado federal Beto Mansur (PRB) acredita que o ex-presidente Lula vai disputar as eleições e pode até chegar no segundo turno. Apesar de condenado em segunda instância e, portanto, enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o petista pode concorrer sub judice. “Ele vai lá e registra, o TSE é obrigado a aceitar, mesmo ele sendo condenado em segunda instância. Ele pode recorrer sendo candidato”, disse Mansur, ao participar do programa 'Ponto de Vista', na sexta-feira. 

“Uma coisa é ser Ficha Suja e a outra é, pela legislação, poder ser candidato e ser julgado até a última instância. O TSE é obrigado a aceitar, mesmo ele sendo condenado em segunda instância", explicou. “Eu espero que o nome dele não esteja na urna eletrônica, mas não sou eu que julgo. O que estou falando é o fato. Ele foi condenado. Eu não gostaria de ver, neste momento, alguém que está muito bem na pesquisa ser candidato para presidente da República e ter, na situação que está o Brasil, uma eleição sub judice. É o que pode acontecer, é o pior dos mundos para a gente. Vai eleger alguém que pode, no dia seguinte, perder o seu mandato”, completou. 

Mansur lembrou que já houve caso de deputado enquadrado na Lei da Ficha Limpa que foi eleito e depois perdeu o mandato. 

Comandado pelo jornalista Edgar Boturão, o “Ponto de Vista” é exibido na Santa Cecília TV, de segunda a sexta-feira, ao vivo, das 13h30 às 14h30, com reapresentação às 20h.

 

Defensor do governo Temer 

Beto Mansur considera “uma injustiça” o alto índice de reprovação ao presidente Temer, pois, segundo ele, o Brasil está obtendo “avanços históricos”, com a reforma trabalhista e a queda da inflação. 

A respeito das denúncias contra Temer, Mansur reforçou que foi contra os dois pedidos de afastamento. “Ele vai se defender depois que acabar o mandato. Não dá para ficar trocando de presidente toda hora”, argumentou.

 

Longe do fogo
Mas o senhor põe a mão no fogo pelo presidente Temer?, perguntou um dos entrevistadores. “Eu não ponho a mão no fogo por ninguém”, respondeu. Fez uma pausa e completou: “Só por mim, porque eu não faço nada de errado”.

 

Onde está fica?
Questionado sobre suas possibilidades de reeleição e sua ida para o MDB, aproveitando a chamada “janela partidária”, Mansur diz que recebeu diversos convites e está avaliando, mas que a tendência é permanecer é no PRB.

 

Corrida por fora

Em relação à disputa pelo Governo do Estado, Mansur aposta em um candidato que, segundo ele, está correndo por fora: Paulo Skaf (PMDB). “Na última eleição, teve 20% dos votos e quase foi para o segundo turno, com o Alckmin disputando a reeleição, com a caneta na mão”.

Sobre as chances de Márcio França (PSB), Mansur reconhece que o atual vice-governador (que deve assumir o cargo titular no mês que vem e disputar a eleição) é um político muito competente mas terá algumas dificuldades para governar. “Como que ele vai fazer? Não dá para trocar 15 mil cargos de confiança de uma hora para outra, sem prejudicar o andamento da máquina pública”.

E João Dória? “Ele vai ter que parar em cada esquina para se explicar porque largou a prefeitura…”