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O STF desmoralizado

24/03/2018

Seja qual for a decisão que o STF (Supremo Tribunal Federal) venha a tomar no próximo dia 4, sobre a possibilidade de prisão ou não do ex-presidente Lula, seus integrantes não conseguirão escapar da armadilha que armaram para a própria instituição e que desmoralizam a Justiça brasileira. O comportamento de vários ministros tem sido "patético", para dizer o mínimo, e envergonham a Suprema Corte aos olhos do Brasil e do mundo.

O julgamento do Habeas Corpus apresentado pela defesa de Lula foi apenas mais um espetáculo deprimente mostrado pela televisão para milhões de brasileiros.

 A conversa mole, recheada de fricotes para inglês ver, apenas tenta encobrir o que já não é mais possível. É vossa excelência pra lá, vossa excelência pra cá, e dá-lhe insultos a seguir e decisões que favorecem corruptos e bandidos de colarinho branco.

Só os mais inocentes ainda não perceberam que o fim da prisão em segunda instância não visa apenas a salvar o pescoço de Lula, mas o de todos os grandes ladrões da República, envolvidos na Lava Jato, como Temer, Collor, Sarney, Renan, Aécio e companhia ilimitada. Crimes terão penas prescritas. Excelências poderão, enfim, dormir em paz…

O Brasil passará a ser o único país do mundo em que mesmo a condenação em segunda instância não levará o criminoso para a prisão. Isso para os poderosos, claro, para aqueles que podem pagar os melhores e mais caros advogados do país com o dinheiro das propinas e negociatas realizadas na calada da noite. As prisões estarão reservadas para os PPPs, como se diz na linguagem popular – pobres, pretos e prostitutas.

A provável mudança acaba com a esperança de um Brasil melhor e destrói o trabalho de juízes e procuradores que lutam por Justiça. Cedo ou tarde a conta da irresponsabilidade de alguns ministros da Suprema Corte virá e será salgada. Podem acreditar nisso.

O fato é que há uma revolta de parcela significativa da Nação contra o STF. O cidadão, de um modo geral, já não acredita no governo, no Congresso e agora na Justiça.
Resta o que?