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Antídoto para o medo

07/04/2018

Joana chegou à casa de sua mãe, com a pequena Lara nos braços, indagando se ela poderia ficar com a menina nesse dia.

Explicou que a criança não dormira direito, gritara durante a noite, motivo pelo qual preferia não deixá-la na creche, durante o seu período de trabalho profissional.

A avó recebeu a netinha com o carinho de sempre, beijando-a.
Logo mais, descontraída, Lara segredou para a avó que estava com medo.
Tinha sonhado com bichos muito feios e não queria que eles a atacassem.

Ante a indagação da avó, Lara contou que, no dia anterior, seu primo lhe havia mostrado umas formigas, no jardim de sua casa.

Dissera que elas eram muito más e se transformavam em gigantes para atacar as pessoas.
Ao concluir seu relato, pressionou seu rosto ao da senhora, e falou baixinho: 
-Vovó, você me protege?

O abraço agora foi mais apertado e a resposta soou confiante: 
-Claro que sim, querida. E vamos falar com seu anjo da guarda para pedir proteção.
Oraram juntas e a menina se tranquilizou.
Depois de algum tempo, a avó a levou para fora e foram observar um formigueiro que havia surgido em um canto no jardim do quintal.

Com a pequena ao colo, a senhora explicou que as formigas eram excelentes exemplos de trabalho.
Falou como era formado o formigueiro, que elas se dividiam em classes e que cada uma delas tinha tarefas específicas a realizar, para conservação de toda a comunidade.

Disse ainda do esforço delas em acumular alimento para o inverno e para os dias de chuva.

Fez questão de afirmar que, de modo geral, as formigas são inofensivas. Só picam quem mexe com elas, quem pisa no formigueiro, por uma questão de defesa própria.

Explicou que o primo fizera uma brincadeira de mau gosto, e que ela não deveria ficar assustada com isso.
A menina encostou-se ao peito da avó, olhou-a nos olhos e disse baixinho: 
-Vovó, amo você.

[com base na Redação do Momento Espírita]

No ser humano, o medo é uma reação natural do organismo diante de uma ameaça real ou imaginária.
Fazendo parte do instinto de conservação, se apresenta quando estamos diante de uma situação de risco para que evitemos o perigo.

Embora sendo uma das emoções básicas que todos trazemos ao nascer, devemos buscar identificar suas causas, pois geralmente tem origem maior na imaginação receosa do que em situações reais.

Em se tratando do medo expresso pelas crianças, precisamos dar atenção especial para identificar suas causas e, se possível, através de explicações racionais, eliminá-las.

Encará-lo sempre como algo natural, e, não ignorando nem menosprezando o que estão sentindo, conversar naturalmente.

O antídoto para o medo são as informações, os esclarecimentos e as orientações.

Também a confiança depositada no Grande Arquiteto do Universo, no anjo da guarda (ou mentor) por meio da oração, construindo uma fé sólida, desde tenra idade.

Assim agindo, conferimos segurança à criança, enquanto também a ensinamos a respeitar as sensações e sentimentos alheios.

Quando alimentamos mais a nossa coragem do que os nossos medos, passamos a derrubar muros e a construir pontes.

 

PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE !