De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), há 50 anos, de cada dez mortes causadas por infarto, nove eram homens e uma mulher. Mas essa proporção mudou nos últimos seis anos, atualmente são de seis homens para quatro mulheres. E as causas de problemas cardíacos são similares em ambos os sexos: o tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, níveis elevados de colesterol e predisposição familiar. Outros fatores de risco para a mulher são o uso de anticoncepcionais com a combinação de estrógeno e progesterona e a chegada da menopausa.
Sintomas atípicos – O médico Luiz Guilherme Velloso, da rede de hospitais São Camilo, explica que os sintomas mais comuns em mulheres em casos de angina e infarto são atípicos, diferentes do quadro clínico clássico. "Pode haver dor em regiões menos comuns como apenas nas costas, nos braços ou na mandíbula, ou ainda náusea, palpitação ou falta de ar sem a presença de dor torácica. É importante não ignorar qualquer tipo de sintoma", alerta.
Medidas de prevenção – A realização de exames rotineiros é uma eficiente forma de prevenção. "Em adultos saudáveis de qualquer idade é recomendável realizar periodicamente um exame geral. Após os 40 anos, a realização de exames mais específicos (como o Teste Ergométrico e Ecocardiograma) é recomendável a cada 1 ou 2 anos, no máximo. Assim como o acompanhamento médico, a reeducação alimentar, o uso correto de medicamentos e a adoção de hábitos saudáveis de vida são fundamentais para a prevenção", orienta Velloso.
