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Dislexia, o transtorno mais frequente em sala de aula

07/04/2018

A dislexia é um distúrbio de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, considerado o mais frequente nas salas de aula. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), o transtorno atinge até 17% da população mundial e tem tratamento, desde que diagnosticado e acompanhado por especialistas. 

A psicopedagoga Ana Regina Caminha Braga explica que crianças com esse problema não podem ser confundidas como sendo preguiçosas ou desatentas. "O que acontece com a pessoa que tem dislexia é uma desordem das informações recebidas, que acabam inibindo o processo de entendimento das letras e interferindo na escrita e leitura", detalha.

Segundo ela, os sintomas da dislexia variam de pessoa para pessoa e de acordo com o grau do distúrbio. "A criança com dislexia tem certa dificuldade em decodificar as letras. Os disléxicos não associam com facilidade símbolos gráficos e letras aos sons que representam", complementa. 

Diagnóstico e tratamento – O diagnóstico de dislexia só é obtido após a alfabetização, mas, segundo Ana Regina, a partir dos quatro anos a criança já pode dar alguns indícios do problema. Para chegar ao diagnóstico correto é preciso descartar algumas possibilidades como a dificuldade ou deficiência visual e/ou educação inadequada. 

A psicopedagoga destaca que a dislexia pode ser tratada e acompanhada e, assim, ser controlada de maneira eficaz já na infância, evitando que o transtorno prejudique a criança quando chegar à vida adulta. O tratamento geralmente acontece com a participação de uma equipe multidisciplinar com fonoaudiólogo, psicólogo e neurologista. 

Papel do professor – Ana Regina lembra que o professor também precisa estar atento às atitudes de seus alunos, contribuindo no que for necessário para sua melhora e durante seu tratamento. "O papel do professor é fundamental nesse momento, pois ele precisa estar atento às atitudes dos alunos e, ao menor sinal de problema, isso deve ser repassado aos pais/responsáveis, para que essa criança possa ser encaminhada para o tratamento adequado e sem maiores prejuízos", completa a especialista.