Neste sábado (7), Dia Mundial da Saúde, a Organização Mundial da Saúde faz um alerta para as doenças não transmissíveis (DNTs), responsáveis por mais de 40 milhões de óbitos por ano, das quais 15 milhões de pessoas entre 30 e 70 anos de idade. São enfermidades ocasionadas por fatores hereditários ou adquiridos, que podem ser agravados por condições ambientais, como poluição, sobrecarga física e emocional, alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e abuso de substâncias químicas, entre outros motivos relacionados ao estilo de vida.
"O Dia Mundial da Saúde chama atenção ao fato de que, em todas as instâncias de nossa vida, existem ações que podem ser adotadas para reduzir os efeitos dessas doenças", enfatiza o médico José Américo Bahia Filho, especializado em medicina preventiva. Ele lembra que, diferentemente das doenças transmissíveis ou infectocontagiosas, a prevenção e o controle das DNTs dependem, em muito, de hábitos de vida e escolhas individuais.
Entre as doenças não transmissíveis mais frequentes estão os problemas endócrinos, como diabetes, hipotireoidismo, obesidade, alterações no colesterol, as doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio), doenças pulmonares (asma, bronquite, enfisema), doenças musculoesqueléticas (artroses e osteoporose), os diversos tipos de câncer, a depressão e a ansiedade.
O efeito das pequenas ações
O médico ressalta que a mudança no estilo de vida é uma das mais importantes medidas de prevenção às doenças não transmissíveis e simples ações em nosso dia a dia já surtem efeito no organismo. São medidas ao alcance de todos: "Uma pequena caminhada no intervalo do almoço, subir dois lances de escada ao chegar ao trabalho e em casa, evitar excesso de açúcar e de sal, assim como alimentos gordurosos, sobretudo as frituras, evitar fumo, ingerir bebidas alcoólicas com moderação, somente consumir medicamentos com prescrição e supervisão médica, ter uma atividade de lazer regular com a família, praticar um esporte com regularidade, realizar consulta médica periódica", sugere José Américo.
