TV em Transe

Nada a comemorar

12/04/2018

Nos dois dias decorridos entre a decretação e a detenção do ex-presidente Lula, jornalistas de vários veículos de comunicação foram hostilizados e agredidos nas imediações do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo. Houve arremessos de ovos, cubos de gelo e outros objetos, sobrando até tapa em microfone.

Já no domingo, durante a decisão do Campeonato Paulista entre Palmeiras e Corinthians, no Allianz Parque, profissionais de rádio receberam cusparadas de torcedores e repórteres mulheres foram alvo (mais uma vez) de gestos obscenos e xingamentos machistas. Na tribuna de imprensa, arremessaram uma lixeira plástica em direção a uma equipe de web rádio.

Função desvalorizada (para a qual não é obrigatório diploma), pressão desmedida nas redações, submeter-se à linhas editoriais tendenciosas que transformam a “liberdade de imprensa” em “liberdade de empresa”, violência no exercício da profissão. Neste país, ser jornalista hoje em dia é quase um desafio.

Paulistinha? – Voltando à partida que definiu o Corinthians como campeão paulista de 2018, a transmissão do jogo rendeu à Rede Globo impressionantes 43 pontos de média no ibope em São Paulo. Foram 50 pontos de pico, num horário em que a Record registrou 4.4 e o SBT amargou somente 3.8.

Foi a maior audiência do futebol registrada pela emissora desde a final da Copa Libertadores de 2012, entre Corinthians e Boca Juniors, que atingiu 48 pontos de média.

Vale lembrar que o segundo duelo da semifinal entre Corinthians e São Paulo já havia alcançado uma excelente marca: 42 pontos.

E tem gente, inclusive na crônica esportiva, que ainda defende o fim dos campeonatos estaduais, como se eles fossem um problema – e não a incapacidade dos dirigentes em criar um calendário racional valorizando as competições sem sobrecarregar clubes e atletas.