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Disputa polarizada em São Paulo

21/04/2018

Se a eleição presidencial está em aberto e não há sequer a certeza de alguns nomes importantes na disputa, como o do ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, por exemplo, em São Paulo o quadro parece bem mais nítido. Salvo um fato novo de grande relevância, a campanha deve ficar polarizada entre o ex-prefeito da Capital, João Doria (PSDB), e o atual governador de São Paulo, Márcio França (PSB).

Embora tenha saído na frente da corrida eleitoral, segundo pesquisa Datafolha publicada recentemente, Doria enfrenta vários problemas – como o abandono por integrantes de peso do PSDB, que não aceitam o fato de o ex-prefeito não ter sido leal ao seu padrinho político, Geraldo Alckmin; e do lado dos eleitores, grande rejeição por ter abandonado a prefeitura da Capital com apenas 13 meses de mandato. Outros problemas para Doria: a maioria dos prefeitos do Estado apoia o atual governador e seu governo-relâmpago é reprovado por 47% dos paulistanos (77% acreditam que ele fez menos que o esperado). E há, ainda, o fantasma do companheiro Aecio Neves (réu no STF por corrupção) a assombrá-lo.

O ex-prefeito da Capital tem a seu favor o fato de ser um excelente comunicador, mas o discurso do "novo" envelheceu rapidamente.

Já Márcio França, além de ter a máquina do Estado nas mãos, conta com o apoio de 13 partidos políticos e de centenas de prefeitos. O governador tem prometido viabilizar projetos ousados, principalmente para os jovens, nas áreas de educação e trabalho. Seu principal desafio é se tornar conhecido do eleitor, haja vista que mais de 80% dos paulistas não sabem que ele é o sucessor de Alckmin.

Em Santos, pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto FLS Pesquisa e Marketing, revela um empate técnico entre Doria e Márcio. Uma tendência que deve ocorrer em todo o Estado, salvo algum fato novo de grande relevância.

A eleição em São Paulo promete muitas emoções.