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Nem toda tontura é labirintite!

22/04/2018

Neste domingo, 22 de abril, é o Dia da Tontura, uma desagradável sensação  normalmente associada à labirintite, mas que pode ter como causa diversas outras doenças. “50% dos casos de tontura estão relacionados a doenças de ouvido e outros 40% a doenças neurológicas. Enxaqueca, diabetes, doenças da tireoide, colesterol alto, infecções de ouvido ou do nervo do labirinto, osteoporose, TPM (tensão Pré-menstrual), climatério e AVC (acidente vascular cerebral) são as causas mais frequentes", explica a médica otorrinolaringologista Jeanne Oiticica, especialista em Otoneurologia.

A data foi criada pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) para conscientizar a população sobre o problema de saúde. A intenção é esclarecer que, diferente do que muitos acreditam, nem sempre uma tontura significa labirintite, que é uma infecção no labirinto, um órgão sensorial que nos fornece noções de movimento. 

"A tontura deve sempre ser investigada. Pode ser uma coisa simples e de fácil resolução. Entretanto, independentemente do motivo, quando mais cedo se procura ajuda maiores serão as chances de recuperação rápida, e menor será a probabilidade de sequelas, do problema se tornar crônico, persistente e duradouro", alerta Jeanne Oiticica.
 

Medidas de prevenção – Alguns hábitos do dia a dia podem contribuir para evitar o aparecimento da tontura, como ter alimentação saudável, não fumar, evitar álcool, fazer atividade física regularmente, evitar privação do sono, não usar drogas, ingerir bastante água, evitar vícios posturais, não usar medicamentos sem prescrição médica, não fazer jejum prolongado, evitar alimentos industrializados que contêm excesso de sal, açúcar, gorduras trans e carboidratos de rápida absorção. É recomendável fazer check-up regularmente.

 

Fatores de risco – Em idosos, a tontura preocupa os especialistas principalmente por elevar, significantemente, o risco de quedas, evento mais comum de mortes nessa fase da vida. O risco também aumenta dependendo dos fatores associados. A médica cita que a presença de dificuldade na marcha, falta de coordenação e desequilíbrio, dificuldade para falar ou escutar, formigamento, dormência ou paralisia na face (em geral de um lado só), escurecimento da visão ou visão borrada pode indicar comprometimento do sistema nervoso central. No caso de dor de cabeça súbita acompanhada de náuseas, vômitos e vertigem, o derrame ou acidente vascular cerebral (AVC) precisa necessariamente ser descartado.