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As escolhas de Lula

19/05/2018

A nova prisão do ex-ministro José Dirceu, determinada pela Justiça, enterra um projeto de poder que parecia generoso e que, ao longo do tempo, revelou-se devastador para o Partido dos Trabalhadores. E levou junto o país para o abismo moral e econômico.

A esperança vai vencer o medo foi um slogan de campanha que colou e levou à presidência da República um ex-retirante nordestino que prometia acabar com a roubalheira e promover justiça social. Promessas de grande apelo popular.

O tal Fome Zero, uma das bandeiras petistas, foi um fiasco, mas logo Lula tratou de criar o Bolsa Família, uma espécie de colchão social para um país de milhões de miseráveis. 

O problema é que Lula criticava os governos anteriores que davam vale alimentação para os mais pobres, sob o argumento de que os cidadãos precisavam de trabalho para ter dignidade e não de "esmolas".

Enfim, o projeto petista aparentemente deu certo por algum tempo – e Lula surfou na popularidade, com a aprovação de mais de 80% dos eleitores. Mas não escapou da "maldição" que liquida os poderosos – a vaidade.

Considerando-se quase que uma divindade, Lula fez acordos espúrios com velhas raposas da política, a quem tanto criticou no passado, e para permanecer no poder fez vistas grossas à roubalheira ampla geral e irrestrita. E, pior, entrou num jogo sujo, incrivelmente sujo, com sua turma.

No espelho da história, Lula fez péssimas escolhas e optou por um caminho que o levou e também seus amigos José Dirceu e Antonio Palocci à prisão. Não é demais lembrar também que Michel Temer, o presidente rejeitado, também foi uma escolha de Lula para vice de Dilma.

A conta da irresponsabilidade e das más escolhas de Lula será paga por todos os brasileiros durante muitos anos. Triste realidade.