Este sábado, 26 de maio, é lembrado como o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, doença que leva à perda gradual da visão e é a segunda maior causa de cegueira irreversível no mundo. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, aproximadamente 3% da população brasileira acima de 40 anos apresentam glaucoma, que tem a incidência triplicada após os 70 anos de idade. Diabetes, miopia, lesões oculares e hereditariedade são as principais causas da doença. O diagnóstico precoce e tratamento são fundamentais para mantê-la sob controle.
O glaucoma danifica o nervo ótico e envolve a perda de células da retina responsáveis por enviar os impulsos nervosos ao cérebro. Tudo isso ocorre de forma silenciosa, já que a doença não apresenta sintomas nas fases iniciais. "Eles geralmente surgem em estágios mais avançados, quando já houve perda acentuada e irreversível da visão", alerta a oftalmologista Ana Paula Canto, da Clínica Canto.
Grupos de Risco – Qualquer pessoa pode desenvolver o glaucoma, mas a incidência é maior em familiares de portadores da doença, sendo que parentes de 1º grau têm dez vezes mais chance de desenvolver o problema. De acordo com oftalmologistas, a doença é mais freqüente em pessoas acima de 40 anos; afrodescendentes; indivíduos com alto grau de miopia; diabéticos que já tiveram outras doenças intraoculares; portadores de doenças autoimunes e pacientes que fazem uso indiscriminado de colírio corticóide. Pode acometer até pacientes mais jovens e crianças.
Atenção e Tratamento
– A orientação é consultar um médico se sentir dores nos olhos, visão distorcida, aureolas de arco-íris ao redor das luzes, dor de cabeça, náusea ou vômito. É importante realizar exames laboratoriais ou de imagem para confirmar o glaucoma", recomenda a médica.
O tratamento, que visa estabilizar a doença e evitar uma progressão para a cegueira, envolve o uso de colírios, laser ou intervenção cirúrgica, quando necessário. "Por isso, a importância do acompanhamento médico regular, pois o diagnóstico precoce é fundamental. Iniciando o tratamento no estágio inicial, podemos evitar grandes perdas de visão", orienta a oftalmologista.
