Meu caro leitor, está acompanhando a cobertura nessa fase preliminar/inicial de Copa do Mundo?
Como assim, “que Copa?”. Não está sabendo?
Nessa quinta, dia 14, começa o Mundial na Rússia, e o time da CBF – também conhecido por seleção brasileira – como sempre surge entre os favoritos.
Brincadeiras à parte, muito tem se comentado a respeito do desinteresse da população em relação à disputa. Segundo uma pesquisa nacional recente, promovida pelo Instituto Paraná, 66% dos entrevistados afirmaram ter pouco ou nenhum interesse na Copa.
O momento crítico que o país atravessa é apontado como um motivo desse anti-clima. Mas seria o único?
Espaço – A mídia em geral não “comprou” o evento, e o noticiário sobre a Copa tem sido tímido. Na telinha, apenas a Globo exibirá o torneio na tevê aberta, enquanto Sportv e Fox Sports vão mostrar os jogos para seus assinantes. Os três são os únicos canais que enviaram equipes numerosas à Europa.
Com a bola rolando, o espaço para as notícias do Mundial deve ser maior, mas isso também dependerá do desempenho da seleção, que pode animar o torcedor.
Identidade – Outro fator: quantos nomes você lembraria dos 23 que o técnico Tite convocou? Somente três atletas atuam no Brasil, um recorde. São 20 atuando no exterior e boa parte deles sequer teve destaque em algum clube por aqui – se mandaram logo cedo para o futebol europeu.
Sendo assim, como o torcedor vai se identificar com jogadores que mal conhece ou sequer ouviu falar? Depois do Neymar, quem é a figura mais popular da delegação? É o Tite, que fez carreira e conquistou títulos no país.
Essa popularidade pode ser medida nas campanhas publicitárias. De acordo com levantamento da Kantar IBOPE Media, de abril a maio Neymar foi o número um em aparições, seguido por Tite. Em seguida vem Ronaldo Fenômeno! Do elenco atual, só Thiago Silva e Gabriel Jesus aparecem na lista.
Outro 7×1 – Ah, e ainda tem o trauma dos 7×1… Falando nisso, relembrando o atropelo alemão em 2014, a Rede TV! aplicou domingo passado um sonoro 7×1 na Band!
O “Encrenca” conseguiu a melhor marca de sua história, com 7,2 pontos, enquanto a Band amargou apenas 1,3 com o “Show do Esporte”.
Ou a direção da Band reformula sua grade dominical ou as goleadas tendem a ficar ainda mais vergonhosas.
