Coluna Dois

Copa: domínio europeu e decadência sul-americana

23/06/2018

Quando o Brasil entrou em campo, nesta sexta-feira (depois do fechamento deste texto), a Copa da Rússia tinha tido 16 jogos da primeira rodada e mais 7 da segunda realizados. Já mostrava tendências claras: 
1. absoluta supremacia europeia.
2. menos gols, com muitas vitórias pelo placar mínimo, de 1 x 0.
3. vantagem para seleções com artilheiros implacáveis, atualmente denominados no jargão do futebol como “atacantes de área”.

As 14 seleções da Europa, em 19 jogos disputados, conquistaram 13 vitórias, 4 empates e apenas 2 derrotas. Um massacre. Uma dessas derrotas é considerada até agora a maior zebra da Copa, a da Alemanha para o México.

A decadência do futebol sul-americano também ficava claramente traduzida nos resultados: as cinco seleções da América do Sul, em 8 jogos, tinham obtido apenas 2 vitórias e 2 empates e amargado 4 derrotas. As duas vitórias eram as uruguaias, ambas por 1 x 0, contra seleções não-europeias. Nos confrontos diretos com europeus, nenhuma vitória, 2 empates e 3 derrotas sul-americanas.

Com sistemas defensivos mais valorizados e mais organizados, o número de gols despencou. Nos 16 jogos da primeira rodada, só 38 gols, média de 2,37 por jogo. Em 2014, na Copa realizada no Brasil, tinham sido 49, média de 3,06 por jogo. Assim, 10 dos 23 jogos disputados até a quinta-feira tinham terminado com uma vitória magrinha, por 1 x 0.

Nesse cenário, fica valorizada a presença em campo dos artilheiros com alto índice de aproveitamento das raras oportunidades criadas. Além do português  Cristiano Ronaldo, até agora a estrela mais brilhante e artilheiro da Copa, com quatro gols, os destaques nesse quesito de gols decisivos de finalizadores ficam para o uruguaio Luiz Suarez, o espanhol Diego Costa, o belga Lukaku e o inglês Kane.

 

Base do Santos
Uma crise está desenhada nas divisões de base do Santos. A tentativa de implantar uma política de salários mais baixos e multas milionárias pode provocar a saída de muitas das maiores promessas do clube.

Alguns observadores dizem que se a gestão de José Carlos Peres perder os jogadores Renyer, Kaio Jorge e Marcos Leonardo, seria como se a de Modesto Roma tivesse perdido Rodrygo, Yuri Alberto e Lucas Lourenço.