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Medicamentos orais

14/07/2018

A via oral de medicamentos é a forma mais segura para a sua administração. Além disso é prática, ecônimica e pode ser deglutida em qualquer lugar, normalmente com uma pequena porção de água. Mas algumas pessoas podem ter dificuldades em degluti-los. Os idosos, pessoas com patologias específicas, como parkinsonismo ou outras, precisam de cuidados especiais para o uso de medicamentos. Estudo britânico estima que a disfagia (dificuldade de deglutição) aumenta em três vezes o risco de erro no uso dos medicamentos.

As pessoas que têm dificuldade em engolir os medicamentos tendem a triturá-los e misturá-lo aos alimentos, o que pode comprometer o seu aproveitamento final, se não for bem conduzido o procedimento. Outra prática comum é a de misturar o medicamento triturado em água formando uma suspensão. Triturar comprimidos ou drágeas, bem como abrir cápsulas deve ser feito com cuidado e não para todos os remédios. 

Alguns produtos são preparados para que a substância medicamentosa vá para o sangue lentamente, sendo liberado de forma controlada para o sangue. Esses medicamentos de liberação modificada têm várias designações e são identificados por siglas como: AP, CD, retard, LA, LP, OROS e outros.

Além disso, alguns medicamentos podem ter um revestimento que os protege da ação enzimático-ácido do estômago, que é bastante agressiva. Ao triturá-los ou ao abrir cápsulas especiais nessa condição, exporá a substância ativa ao suco gástrico e, portanto, perder sua eficácia. Normalmente esses produtos são identificados como gastrorresistentes.

Para evitar problemas, o ideal é escolher os medicamentos na forma líquida. Quando isso não é possível, é preciso consultar um farmacêutico para saber se é possível manipular a substância na forma líquida ou outra passível de deglutição. Por exemplo, é possível elaborar comprimidos ou cápsulas menores, o que facilita a administração.

Também é possível manter o medicamento na forma de pó e misturá-lo a um alimento específico, pouco reativo. Nessa condição, é preciso ter em mente que o paciente terá de ingerir toda a porção de alimento para que a dose de medicamento seja administrada em sua totalidade. Cada caso é uma situação específica que depende da avaliação profissional conjunta do farmacêutico, do fonoaudiólogo e do médico. É preciso compatibilizar o grau de disfagia, com a frequência e quantidade de medicamentos e sua compatibilidade técnica de preparo em líquido, pó ou sólido. Não tome decisões sem consultar esses profissionais.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.