Comemorada entre os dias 1º e 7 de agosto, a Semana Mundial do Aleitamento Materno reforça a importância da amamentação para o desenvolvimento saudável dos bebês, assim como para a diminuição da mortalidade entre recém-nascidos no mundo. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mais de 800 mil vidas seriam salvas anualmente se toda criança fosse amamentada desde o nascimento até os 2 anos.
No Brasil, somente 38,8% das crianças se alimentam exclusivamente do leite materno nos primeiros 5 meses de vida, taxa considerada abaixo do ideal pela Organização Mundial da Saúde.
Hora do Mamaço
Em Santos, acontece no próximo sábado (4), das 10h às 12h, na praça em frente ao Sesc, a “Hora do Mamaço”. Além de promover uma “amamentação coletiva”, o evento também terá atividades de roda e prática de yoga para mães e bebês.
No dia 4 de agosto, sábado, na Praça Ribeiro de Moraes e Silva (em frente ao Sesc), das 10 às 12 horas. A ação conta com uma programação especial para as mães, pais, crianças e todos que apoiam a causa, com atividade de roda, a foto oficial e uma prática de yoga para mães e bebês.
Para melhorar este índice, confira as dicas do ginecologista e obstetra Corintio Mariani Neto:
Alimentação é a fonte – Mantenha uma dieta balanceada, constituída por carnes magras, aves, ovos, peixes, frutos do mar, verduras, cereais e frutas, e beba pelo menos dois litros de água por dia. Evite excesso de leite de vaca, amendoim, frutas secas, soja, café, chocolate, refrigerantes, chá preto, mate, feijão, repolho e batata doce, para prevenir alergias ou mesmo gases e cólicas intestinais na criança.
Seu leite não é fraco – De um modo geral, não existe leite fraco, nem leite forte, cada mãe produz o leite ideal para o seu bebê, principalmente se a mãe estiver seguindo uma dieta adequada para esse período. A introdução precoce do bico artificial pode levar o bebê a recusar o peito, fazendo a produção de leite diminuir progressivamente.
Não interrompa a mamada – Quando a criança começa a sugar, ela recebe o leite inicial da mamada, que é mais “diluído” e serve para hidratar a criança. Depois de certo tempo começa a chegar o leite do final da mamada, que é rico em gorduras e, por isso, sacia a fome do bebê. Assim, é importante que não se interrompa a mamada para trocar de peito.
Pega e posição – A mãe deverá estar relaxada e confortável, o abdome do bebê encostado ao seu, com a cabeça e o tronco alinhados e o queixo tocando o peito materno. A sucção será lenta e profunda, intercalada por pequenas pausas de deglutição. O pequeno deve sugar a aréola, não o mamilo.
Mamilo machucado – É preciso estar atenta à posição do bebê, pois a pega incorreta pode ser o motivo de os mamilos estarem machucando. Corrija a posição e fique tranquila, pois a cura das lesões costuma ser rápida. O próprio leite é um ótimo cicatrizante.
Amamente a livre demanda – Não se apegue a intervalos fixos, respeite as vontades do pequeno, pois ele não procura o seio apenas para matar a fome, mas também quando tem sede ou precisa de conforto, aconchego e segurança.
Contracepção e Amamentação – Algumas mulheres podem ovular mesmo amamentando. Para aumentar a segurança, é recomendado que a mãe adote um método contraceptivo a partir da sexta semana após o parto. Converse com seu médico para que indique o método mais adequado.
Insônia Comportamental em Criança
Resistir a ir para a cama, criar desculpas na hora de dormir, ter dificuldade em iniciar e manter o sono pode ser sintomas de insônia comportamental, um distúrbio que afeta de 20 a 30% da população infantil, segundo a neuropediatra Andrea Weinmann. “O resultado são impactos negativos no desenvolvimento da criança e, claro, na vida dos pais, que também não conseguem ter uma boa qualidade e nem quantidade de sono”.
A especialista enfatiza que alguns hábitos nos primeiros meses de vida podem, futuramente, induzir à insônia comportamental. “Um exemplo é aquele bebê que só dorme embalado no colo ou dentro do carro em movimento”, explica. Em crianças maiores, há estratégias mais elaboradas, como solicitar aos pais alimentos, água, ou ainda precisar da presença de um deles para adormecer. Elas se recusam, literalmente, em ir para a cama.
O que fazer? – Como a insônia está ligada ao sistema nervoso, o ideal é que os pais procurem um neuropediatra. “Regularidade, duração do sono, resistência na hora de dormir, dificuldade de iniciar o sono e despertares noturnos frequentes podem ser indícios importantes para fechar o diagnóstico, assim como sonolência diurna”, comenta Andrea.
Criança precisa ter rotina – Especialista em sono, o pediatra João Pimentel alerta os pais para a necessidade de impor disciplina desde cedo. “Cabe aos pais conversarem e explicarem aos pequenos que a hora de dormir deve ser respeitada. Televisão, jogos, tablets e celulares devem ser evitados após as 18h.
Outros estímulos, como atividade física intensa, brincadeiras agitadas e alimentos com cafeína também devem ficar de fora a partir de o momento que começa a escurecer.
A grande dica é criar um ritual do sono, com direito a banho morno, luz baixa e horário fixo para dormir e acordar todos os dias”, orienta.
