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Dormir bem é fundamental!

28/07/2018

A noite, para os humanos, foi feita para dormir. A biologia do nosso corpo naturalmente se modifica, graças às variações hormonais que ocorrem como o aumento de melatonina, de cortisol (gradativo) e do hormônio do crescimento. A temperatura e o metabolismo caem e algumas partes do cérebro aumentam a atividade enquanto outras diminuem. O sono se dá em ciclos, com fases REM e não REM (movimentos rápidos dos olhos). O adulto precisa dormir entre 6h e 9h, a criança mais, os idosos menos. O que define se a quantidade e a qualidade do sono estão boas é a disposição ao longo dia, que precisa estar boa.  

 

As luzes urbanas e a vida cultural modificaram os hábitos do sono, prejudicando-o. Do mesmo modo, a obesidade, a bebida alcoólica, o uso intensivo de aparelhos eletrônicos (celulares, televisores, equipamentos de som, etc.) também prejudicam a qualidade do sono. Algumas condições como esquizofrenia, Alzheimer, dor, bexiga hiperativa também prejudicam o sono. Os distúrbios do sono podem se apresentar de diversas formas: dificuldade em dormir, despertar precoce, múltiplos despertares durante a noite, sono agitado mental ou fisicamente. Salvo condições de doença, o ideal é mudar os hábitos.

 

Comer e beber pequenas porções depois do anoitecer, manter-se ativo durante o dia, não cochilar de forma excessiva são mudanças que tendem a melhorar a qualidade do sono. Quando isso, de fato, não funciona, o uso de medicamentos pode se fazer necessário.

 

Os benzodiazepínicos (BDZ), medicamentos tradicionalmente indicados para insônia, não devem ser usados por mais do que oito semanas. Estudos indicam um uso crônico médio de dez anos, totalmente contraindicado, pois causam dependência e há progressiva perda de efetividade. Os BDZ diminuem o estado de ansiedade, o que atrai as pessoas para o uso contínuo, e causam relaxamento muscular, importante motivo de quedas em idosos.

 

Os BDZ são classificados pelo tempo que se mantém circulando no organismo. Os de longa duração (diazepam, clonazepam e cloxazolam) são mais comuns de serem prescritos, mas deixam a pessoa mais sujeita a acidentes durante o dia. Os de vida curta (alprazolam, bromazepam, lorazepam e midazolam) são mais indicados para o controle da insônia, sempre se restringindo o tempo de uso à, no máximo, oito semanas. Novos produtos estão surgindo como zolpidem, além da própria melatonina e similares. Mas leve em consideração que a principal causa da insônia são maus hábitos, já mencionados.