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De olho nas dietas da moda!

04/08/2018

Perder peso é a obsessão de muita gente que não desiste de tentar dietas milagrosas e estranhas para afinar a silhueta. Dietas da sopa, da lua, do tipo sanguíneo, low-carb, da proteína, das celebridades, são alguns dos modismos que se sucedem. Porém, grande parte das dietas encontradas na internet ou elaboradas por profissionais não habilitados não levam em consideração particularidades do indivíduo, como ressalta a nutróloga Renata Domingues.

 

“Altura, idade, sexo, massa muscular e atividades diárias são fatores que influenciam no gasto calórico e que devem ser levados em conta para que o emagrecimento ocorra de forma saudável e os resultados sejam duradouros”, pondera a médica, que é vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia Médica (Abranutro).

 

Ela enfatiza que a melhor maneira de emagrecer de forma saudável e sem correr o risco de engordar novamente é fazer uma reeducação alimentar, que consiste em uma alimentação saudável em conjunto com a prática regular de exercícios físicos. “É importante o acompanhamento de um profissional de saúde, como um nutricionista ou nutrólogo, pois são os únicos capacitados para prescrever uma dieta de acordo com as características de cada indivíduo”, orienta Renata Domingues, que comenta quatro dietas da moda:

 

Dieta Detox

“O consumo de alimentos frescos, naturais e ricos em fibras filtra e elimina substâncias nocivas ao organismo, fazendo com que o corpo reduza naturalmente seu peso”, diz a médica. Segundo ela, apenas sete dias de uma dieta desintoxicante são suficientes para sentir ótimos resultados, que são ainda mais satisfatórios quando a dieta é aliada a uma rotina de atividades físicas. “Para iniciar a dieta detox você deve apostar no consumo de chá verde, oleaginosas, vegetais e frutas cítricas e de coloração vermelha”, recomenda.

 

Dieta Low Carb

A dieta low carb propõe reduzir a quantidade de carboidratos ingeridos e priorizar o consumo de carboidratos de baixo índice glicêmico, ou seja, aqueles alimentos onde a glicose (açúcar) é absorvida em uma velocidade mais lenta, sem provocar picos de glicose ou insulina no organismo. “Porém, é recomendado que 50 a 55% do que é ingerido no dia seja carboidrato, pois a redução extrema desses alimentos pode até proporcionar o emagrecimento, mas não ocorrerá de forma saudável, podendo causar uma série de consequências à saúde”, explica. 

 

Dieta Paleolítica

A dieta paleolítica baseia-se na alimentação que a espécie humana adotou pela maior parte de sua história antes do surgimento da agricultura e, principalmente, da explosão da indústria de alimentos. “Na dieta paleolítica deve-se comer carnes, peixes, aves, ovos, verduras e frutas silvestres, principalmente as menos ricas em açúcares. Outras frutas, vegetais, raízes e tubérculos podem ser consumidos, mas com moderação, e os laticínios devem ser fermentados e integrais. É importante também que se evite gorduras vegetais processadas, industrializadas e hidrogenadas”, destaca a especialista.

 

Dieta Mediterrânea

Reproduz a cultura culinária de alguns países da região do mar Mediterrâneo (Itália, Grécia, Portugal, Espanha, França e outros). O cardápio se caracteriza pelo alto consumo de alimentos frescos como frutas, verduras e legumes, cereais, leguminosas como grão-de-bico e lentilha, oleaginosas como amêndoas, azeitonas e nozes, peixes, leite e derivados, incluindo iogurte e queijos. Vinhos, azeite de oliva e uma enorme variedade de ervas de cheiro também estão liberados nesta saborosa dieta.