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Resenha da semana: Missão: Impossível – Efeito Fallout

04/08/2018

Ninguém poderia prever, que o filme dirigido por Brian de Palma em 1996, viraria uma das maiores franquias de ação dos últimos anos. São poucas as franquias que conseguem injetar frescor a cada novo capítulo sem comprometer a essência da série, mas Missão:Impossível é definitivamente um destes melhores exemplos.

 

Após Protocolo Fantasma, de 2011, Missão: Impossível ganhou um toque interessante, com o diretor e roteirista Christopher McQuarrie assumindo pela segunda vez essa função, e dando cada vez mais espaço para os coadjuvantes brilharem ao lado da grande estrela, que é Tom Cruise. O controle do material pelo diretor, que imprime uma direção impecável nas cenas de ação com um ritmo frenético e que deixa a impressão de que o perigo nunca vai acabar, é o que faz com que Missão:Impossível – Efeito Fallout seja o ápice da franquia.

 

No longa, obrigado a unir forças com o agente especial da CIA August Walker (Henry Cavill) para mais uma missão impossível, Ethan Hunt (Tom Cruise) se vê novamente cara a cara com Solomon Lane (Sean Harris) e preso numa teia que envolve velhos conhecidos movidos por interesses misteriosos e contatos de moral duvidosa.

 

Atormentado por decisões do passado que retornam para assombrá-lo, Hunt precisa se resolver com seus sentimentos e Obrigado a unir forças com o agente especial da CIA August Walker (Henry Cavill) para mais uma missão impossível, Ethan Hunt (Tom Cruise) se vê novamente cara a cara com Solomon Lane (Sean Harris) e preso numa teia que envolve velhos conhecidos movidos por interesses misteriosos e contatos de moral duvidosa.

 

Atormentado por decisões do passado que retornam para assombrá-lo, Hunt precisa se resolver com seus sentimentos e contando com a ajuda de sua equipe da IMF, precisa impedir que uma catastrófica explosão ocorra. O diretor Christopher McQuarrie prova que é mestre em conduzir cenas de ação, fazendo com que o público entenda perfeitamente o que está acontecendo com cada personagem, mostrando-se consciente na construção da geografia de uma cena, evitando os cortes de videoclipe que são típicos em filmes de ação. Mantendo um ritmo acelerado desde o primeiro segundo, o diretor não dá pausa para respirarmos, costurando uma cena de ação na outra de forma orgânica e natural, nunca forçada.

 

Desde Mad Max: Estrada da Fúria, eu não via cenas de ação e sequências tão espetaculares e bem coreografadas como aqui, onde deixando de utilizar a tela verde de efeitos especiais, apostam em efeitos práticos. Aqui, o que você vê realmente está acontecendo e há pelo menos três delas que são de tirar o fôlego: a já clássica cena de luta no banheiro, que é cruel e impactante, a frenética fuga pelas ruas de Paris e a insana perseguição entre dois helicópteros. O roteiro, também escrito pelo diretor, talvez seja o ponto mais fraco do longa, com diálogos expositivos e reviravoltas previsíveis e convenientes, mas que não prejudicam a imersão do público com o desenvolvimento da história. 

 

A trilha sonora de Lorne Balfe ajuda na construção da atmosfera do filme pontuando a clássica música da série em cenas chaves e o longa ainda conta com uma incrível cinematografia, que é vistosa e aproveita ao extremo todas suas incríveis locações. Impossível falar de Missão:Impossível e não citar seu maior astro: Tom Cruise.

 

Talvez um dos maiores atores de ação dos últimos anos, o ator mostra todo seu comprometimento com a série e faz absolutamente todas as sequências de ação sem uso de dublê, que impressiona por colocar o espectador diretamente nas frenéticas cenas de ação, por vermos que realmente é o ator fazendo todas aquelas acrobacias. Outro destaque fica para Henry Cavill, que surge imponente devido a sua fisicalidade, Simon Pegg, como o alívio cômico e a excelente Rebecca Ferguson.

 

Missão:Impossível – Efeito Fallout é empolgante, frenético, cheio de energia, impecável como filme de ação e deixa a sensação de que a franquia ainda tem bastante fôlego para continuar a entreter o público por muitos anos.

 

Curiosidades: Tom Cruise fraturou o tornozelo em um golpe onde precisou saltar de um prédio durante as filmagens. A produção foi interrompida por sete semanas.