Com o descrédito dos poderes legislativo e executivo, boa parte dos brasileiros ainda acreditava no Judiciário, que ganhou relevância e a confiança de milhões de brasileiros a partir da Operação Lava Jato. Grandes empresários e políticos corruptos foram condenados e presos, o que seria inimaginável até então. Quem poderia supor que o político mais popular do Brasil fosse parar na cadeia?
Aos poucos, porém, muitos brasileiros de bem começam a perceber que a tão sonhada mudança não passará de um sonho de uma noite de verão. Forças poderosas, em todos os poderes, impedem que o país avance rumo a um futuro promissor.
No STF ministros soltam bandidos de colarinho branco e traficantes internacionais, ignorando até mesmo decisão da maioria da própria Corte – algo impensável em um país civilizado, onde todos os cidadãos são iguais perante a lei. O festival de barbaridades promovido pelo STF aniquila qualquer esperança de que os brasileiros terão dias melhores.
Ministros do STF são indicados por políticos e, a maior parte deles, como se deduz pelas decisões recentemente tomadas, está se lixando para o sofrimento do povo brasileiro. Esta é a nossa cruel realidade e não há nada que possa mudar o atual quadro.
Parte da população revoltada acredita que a eleição de Jair Bolsonaro poderá promover mudanças. Pura ilusão. O fato é que qualquer presidente eleito que tente acabar com privilégios e com a pouca-vergonha instalada nesta pobre República será sumariamente defenestrado do Palácio do Planalto. É jogo jogado. No Brasil o mal venceu o bem. Simples assim.
Dois exemplos na semana:
1) Suzane von Richtofen, que matou pai e mãe, saiu novamente da prisão para comemorar o Dia dos Pais;
2) Os ministros do STF acabam de se conceder um aumento salarial de 16,38% no momento em que milhões de brasileiros estão desempregados, empresas e lojas fecham suas portas. A iniciativa vai gerar um efeito cascata de R$ 4 bilhões para um país endividado.
É o fim. O Brasil definitivamente é um país sem futuro.
