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O crime dos bancos contra o Brasil

25/08/2018

Entra governo, sai governo, seja de direita, centro ou esquerda, e o sistema financeiro permanece saqueando a Nação, num criminoso processo de transferência de renda de pobres e da classe média, bem como de pequenos e médios empresários, para os banqueiros.

Em toda campanha eleitoral, o discurso dos candidatos é sempre o mesmo: vão reduzir juros, gerar empregos e blablabla, mas a pouca vergonha continua. Mesmo durante os dois mandatos de Lula, quando houve um aumento real de salários, os banqueiros ganharam verdadeiras fortunas. E a sina do brasileiro parece não ter fim.

Recentemente o economista Eduardo Moreira concedeu uma entrevista ao jornalista Augusto Nunes, na Rádio Jovem Pan, em que retrata a perversidade da elite brasileira e o verdadeiro crime que é praticado pelo sistema financeiro contra a Nação.

"Os bancos fazem uma covardia, não tem outra palavra para definir. Os cinco maiores bancos do Brasil cobram, só de tarifa, mais de R$ 130 bilhões. O orçamento da saúde no Brasil é de R$ 130 bilhões, o da educação, R$ 110 bilhões", revelou Moreira. E o que é pior, quem paga as tarifas mais altas são os que ganham menos, enquanto os milionários são isentos.

O tema levantado pelo economista Eduardo Moreira deveria ser assunto obrigatório de uma campanha eleitoral que vai definir o futuro do país. É importante destacar que Moreira fala com domínio de causa, haja vista que foi um dos sócios do banco Pactual (hoje BTG/Pactual), e conhece por dentro o funcionamento do sistema.

Não há país no mundo civilizado que possa crescer e promover justiça social com um sistema financeiro concentrado e que atue de forma criminosa e covarde como acontece no Brasil. É um capitalismo predatório, marginal e indecente que esmaga pequenos e médios empresários e que assalta o cidadão comum.

Para o Brasil dos banqueiros, vale o velho ditado segundo o qual a esperteza demais cresce, vira bicho e como o esperto. Esse sistema criminoso favorece apenas aos demagogos e é uma porta aberta aos populistas de plantão. A Venezuela é logo alí.