O piolho é um inseto que habita, exclusivamente, o corpo humano em áreas com pelos. Cientificamente, é chamado de Pediculus humanos e tem duas variações geneticamente semelhantes, mas que apresentam adaptações que os fazem habitar partes diferentes do corpo. A variação capitis é encontrado nos cabelos e a outra, denominada corporis, é encontrada no corpo. Essa última é mais comum em locais de clima frio.
O piolho não pula, nem voa, é transmitido pelo contato direto entre os cabelos ou pelo uso comum de bonés, pentes ou escovas. Um piolho chega a viver por 30 dias e a fêmea pode por até oito lêndeas por dia.
As lêndeas são ovos que darão origem a novos piolhos. Esses insetos necessitam alimentar-se de sangue várias vezes ao dia, o que irá provocar coceira e irritação, principalmente nas crianças. Uma infestação intensa pode provocar anemia no ser humano devido ao volume total de sangue que todos os piolhos podem sugar.
O tratamento se dá pelo uso de loções e xampus capilares que precisam ser usados ao menos duas vezes em um período de sete dias. Tempo necessário para evitar que eventuais lêndeas que tenham sobrevivido, e deram origem a novos piolhos, recomecem o ciclo. Depois de sete dias, os insetos sobreviventes podem produzir mais lêndeas. No dia do uso do medicamento, não se deve lavar os cabelos com xampus comuns.
É importante o uso diário de pente fino, para retirar mecanicamente os insetos distribuídos pelo cabelo.
Pode parecer óbvio, mas não se deve usar inseticida comum no cabelo, pois pode provocar intoxicação grave. Os produtos indicados para o controle dos piolhos também contêm substâncias inseticidas, porém bem menos agressivos e podem ser comprados livremente em farmácias. Mesmo assim, tenha a precaução de usar apenas a quantidade indicada. Antes de usar o produto converse com o farmacêutico para mais informações.
A lavagem diária dos cabelos com xampus normais não evita a infestação pelos piolhos. A infestação não é devido a cabelos sujos. Quando se constata uma criança com piolho, os familiares e outras crianças que mantiveram contato com ela deverão ter seus cabelos examinados e, se necessário, usar os produtos indicados. Em casos mais graves, pode ser necessário medicamentos pela via oral, mas que precisam ser indicados por médicos.
