Depois de ser massacrado pela imprensa por conta da decisão de conceder reajuste aos servidores em 2019, o presidente Michel Temer (MDB) recuou, mas o fato é que o Brasil parece o Titanic navegando de encontro ao grande iceberg. O governo Temer tem sido uma verdadeira tragédia, assim como foi o de sua antecessora, Dilma Roussef, de quem foi vice.
O Brasil vive uma sequência de déficits que ameaça o futuro de novas gerações. O eleitor tem neste ano, com as eleições gerais, uma grande oportunidade de reverter esse quadro, mas as últimas pesquisas são desalentadoras. Tudo indica que a renovação do Congresso será mínima e o risco é o que já está ruim ficar ainda pior.
O futuro presidente, seja ele quem for, terá de negociar com o Congresso e, convenhamos, o que deputados e senadores fazem com este país há muitos anos é um crime de lesa-pátria. Os interesses pessoais e corporativos estão em primeiro lugar, o que explica os impostos exorbitantes, os serviços públicos de péssima qualidade e os privilégios que nos envergonham perante o mundo.
A elite brasileira é perversa. Não se contenta em ganhar milhões. Sempre quer mais. Não há a memor preocupação com o futuro do país. O resultado dramático é o aumento do desemprego e a explosão da violência, o que tem levado muitos brasileiros de bem a deixar o país.
É simplesmente inacreditável que em meio a uma gigantesca crise econômica, sem precedentes na história, integrantes da classe política e do Judiciário olhem apenas para o próprio umbigo, exigindo aumentos salariais e a manutenção de privilégios inimagináveis em um país civilizado.
Há muito o Brasil deixou de ser uma Nação para se transformar numa grande corporação onde o que menos interessa é o bem público e o bem-estar da população.
Que Deus tenha piedade do povo brasileiro.
