Santos

Grupo oferece apoio para enlutados em Santos

08/09/2018

Quem enfrenta o suicídio de um parente ou familiar precisa sobreviver ao luto. A dor da perda é tão grande, que os profissionais da área da saúde mental consideram essas pessoas como "sobreviventes enlutados". Mas este é um caminho pesado, como uma ferida aberta que, muitas vezes, é permeada por sentimentos que se mesclam constantemente. Além da saudade do ente querido, quem fica pode se ver envolvido em culpa e até mesmo raiva. 

Familiares e amigos de pessoas que se suicidaram também precisam cuidar da saúde emocional e buscar apoio profissional com psicólogos ou terapeutas ou o acolhimento em grupos que se reúnem para, com a força do apoio mútuo, aprenderem a lidar com a perda e dor.

A exemplo de outras cidades, Santos tem um grupo que apoia os sobreviventes do suicídio, promovido por profissionais do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio. "Como existem muitos tabus em torno do suicídio, muitas vezes, os familiares relutam em procurar ajuda. Este é um espaço de troca, sem julgamentos", explica a psicóloga Luciana Cescon.

Os encontros mensais possuem uma função terapêutica. "Nossa intenção é oferecer um espaço para que as pessoas possam compartilhar suas histórias e evitar casos de suicídio entre os próprios enlutados". 

Neste mês, o grupo se reúne na segunda-feira (17 de setembro), das 18h30 às 20h30, na Rua Adolfo Assis, 86, Vila Belmiro. A participação é gratuita e não é preciso fazer inscrição. Informações podem ser obtidas em facebook.com/vitaalere.