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O retrato do ditador

22/09/2018

As fotos do ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, comendo carne e fumando charuto em um restaurante de luxo na Turquia correram o mundo e causaram indignação. Não é para menos. Afinal, o povo venezuelano sofre com o desemprego e fome e milhares de famílias já deixaram o país por absoluta falta de opção.

Pesquisas recentes mostram que o povo daquele país emagreceu, em média, 11 quilos em razão da crise econômica e da falta de alimentos. Já o ditador não para de engordar e se exibe em ambientes de luxo, revelando total desprezo para com a população de seu país.

Os gastos do casal Maduro no luxuoso restaurante seriam suficientes para a compra de 500 quilos de carne na Venezuela, o que explica a indignação provocada pela divulgação das fotos. O ditador parece não se importar. Seu poder inclui o domínio total da Congresso, Judiciário e das forças armadas, com a concessão de privilégios- algo não muito diferente do que acontece com o Brasil.

Maduro é o exemplo de um déspota e a prova viva de que a democracia plena é o único caminho para se construir um país civilizado, onde todos os cidadãos possam ter oportunidades e direitos iguais.

A história mostra que todas as ditaduras, sejam de esquerda ou de direita, terminam de forma trágica, além de provocar um alto custo social. Os ditadores são parecidos: chegam ao poder como salvadores e, depois, passam a usufruir as benesses do poder. O primeiro passo é calar a imprensa e comprar integrantes de poderes e instituições essenciais para a democracia, como o Congresso, Judiciário e Forças Armadas.

O que acontece hoje na Venezuela, portanto, deve ser visto como um alerta para o mundo e só reforça a certeza de que a democracia é um bem essencial à dignidade do ser humano.