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Candidatos partem para o ataque na reta final da eleição

22/09/2018

As duas últimas semanas de campanha eleitoral para a Presidência da República serão marcadas por fortes ataques entre os candidatos que ainda brigam por um lugar no segundo turno. Geraldo Alckmin, o candidato do PSDB e do chamado Centrão, endureceu o discurso contra os concorrentes Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

Em seu programa de rádio e TV, o tucano alerta para o risco de o Brasil se transformar numa nova Venezuela, caso um dos dois candidatos, apontados por ele como radicais, vença a eleição. A campanha de Alckmin usa até o depoimento de uma mulher Venezuelana que deixou seu país em razão do agravamento da crise econômica durante o governo do ditador Nicolás Maduro. O terrorismo eleitoral já está na telinha.

Herança de Dilma
Alckmin também cobrou os petistas pelo que chama de herança de Dilma. Esse discurso começou a ser adotado durante o debate entre os presidenciáveis realizado quinta-feira à noite pela TV Aparecida. O tucano bateu duro no PT: “Quebraram o Brasil, destruíram as empresas estatais, o petróleo foi o maior esquema do mundo de desvio de dinheiro público”.

Haddad também foi duro na resposta: “Quem se uniu ao Temer para trair a Dilma foi o PSDB. Ele (o partido) que colocou o Temer lá e um programa totalmente diferente do aprovado pelas urnas”.

 Casquinha
O candidato do MDB, Henrique Meirelles, que presidiu o Banco Central no governo Lula e foi ministro da área econômica no governo Temer, também resolveu tirar uma casquinha no PT criticando o governo Dilma Rousseff. 

“Essa crise, candidato, talvez seja o caso de você se informar melhor, foi criada pelo governo da Dilma”, afirmou Meirelles.

Haddad deu o troco: “Eu considero a ingratidão o maior dos pecados na política”, afirmou o petista, ao destacar que seu adversário presidiu o Banco Central no governo Lula.

Por que não fez em 14 anos?
O candidato do PDT, Ciro Gomes, que viu o crescimento de Haddad ameaçá-lo, também deve atacar o PT, mas de forma mais leve. No debate, Ciro questionou Haddad: “Por que razão o eleitor deveria acreditar nessas propostas se o seu partido esteve no governo por 14 anos e não fez?”

O homem na montanha
Se os candidatos vão se digladiar para tentar chegar ao segundo turno, a exceção talvez seja o representante do Patriota, Cabo Daciolo. Ele não participou do debate, não está atacando ninguém e, segundo sua assessoria, está em um monte jejuando até o dia 26.
É assim que o processo eleitoral entra na reta final.