Notícias

O que é uma farmácia?

22/09/2018

Essa pergunta admite múltiplas respostas e nem todas elas caminham para o mesmo sentido. A primeira resposta é a dos sonhos dos farmacêuticos e que seria um estabelecimento de saúde no qual as pessoas buscassem e encontrassem informações; que participasse de ações integradas em saúde, como em campanhas públicas (por exemplo, vacinação);  que os pacientes fossem acompanhados em seu tratamento e que se antecipasse a possíveis problemas no uso dos medicamentos, como detectar reações adversas ou evitar seu abandono; e, obviamente, encontrasse medicamentos de qualidade.

 

Para outros, a farmácia não passa de um estabelecimento comercial que deve vender ao máximo, sem medir consequências. Que entendem a farmácia como uma loja de conveniência onde se deve achar de tudo, inclusive medicamentos, e que deveriam ser vendidos a quem quisesse ou pudesse comprá-los, sem precisar do atendimento especializado de um farmacêutico. O foco aí passa a ser estritamente comercial.

 

E tem também a resposta do consumidor, paciente ou usuário do serviço (utente em Portugal). Essas palavras se encaixam na perspectiva do que como a farmácia é vista. A visão do usuário (a que será usada nesse texto) é de querer resolver problemas. Como as farmácias estão muito espalhadas e é mais fácil encontrá-la, é bom ter um local por perto para comprar de tudo. Por outro lado, a busca de medicamentos está impregnada de aspectos, às vezes, não conscientes. Quem está doente, quer deixar de estar. E muitos acreditam que os medicamentos são pílulas mágicas que irão “tirar com a mão” a doença.

 

O usuário do serviço farmacêutico é um leigo em diferentes níveis. Leigo no sentido de que não é da área da saúde e, muitas vezes, desconhece a verdadeira extensão do problema. Um leigo, em qualquer área, sempre pode ser ludibriado por não ter pleno conhecimento sobre o assunto. E não adianta googlar (palavra nova que já existe em alguns países, procurar no Google. Muitas informações estão absolutamente erradas e mais confundem.

 

Assim, somos pela defesa de uma farmácia que atenda a todos os interesses de modo justo e equilibrado. A farmácia é um comércio nesse mundo capitalista em que vivemos, mas não é um comércio qualquer. É lá que um profissional capacitado tem de ajudar as pessoas a resolver seus problemas com a saúde e com a medicação. Deve fazer isso com conhecimento técnico, tempo e paciência. As pessoas devem buscar informações e produtos de qualidade e devem fazer isso nas farmácias, quando o assunto for medicamento.

 

Para o resto, existem outros estabelecimentos. 

 

25 de setembro, Dia Internacional do Farmacêutico.