Se a eleição para presidente parece praticamente decidida, a disputa pelo governo de São Paulo promete emoção até o final. As últimas pesquisas mostram João Doria (PSDB) e Márcio França (PSDB) em situação de empate técnico, embora o tucano esteja numericamente à frente.
Os primeiros debates, realizados na TV Bandeirantes (quinta à noite) e TV Record (sexta-feira às 13h30),refletiram a tensão pelo resultado das pesquisas e mostraram as estratégias iniciais dos dois concorrentes: João Doria tenta se ligar a Jair Bolsonaro (embora o presidenciável tenha se declarado neutro em São Paulo) e a acusar o adversário de ser ligado ao PT e às esquerdas; já Márcio França, nega a suposta ligação e reforça a acusação de que seu concorrente não tem palavra (por abandonar a Prefeitura de São Paulo com pouco mais de um ano de mandato), e de que traiu seu padrinho político, Geraldo Alckmin.
Os dois candidatos também prometem investimentos em áreas consideradas essenciais pelos eleitores, como saúde, educação, segurança e geração de empregos.
Avião com dinheiro do governo
Um dos momentos de maior tensão aconteceu quando Márcio França acusou João Doria de ter comprado um avião com financiamento do BNDES, após conseguir um empréstimo de R$ 44 milhões. Segundo França, esses recursos seriam mais bem utilizados na construção de casas populares.
Creches sujas
Já Doria irritou França ao afirmar que ele, quando prefeito de São Vicente, construiu creches que hoje estão “sujas e feias”. França respondeu dizendo que não é porque os equipamentos são simples que são sujos e feios. A partir daí o clima esquentou e os dois concorrentes passaram a se atacar mutuamente.
