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Crise no ninho tucano; Paulo Alexandre apoia Márcio e diz que Doria é traidor

20/10/2018

A crise de relacionamento entre João Doria e seu padrinho político, o ex-governador Geraldo Alckmin, produziu efeitos colaterais no ninho tucano. O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, um dos políticos mais próximos do ex-governador, deu o sinal verde para o racha no tucanato ao anunciar apoio ao candidato Márcio França (PSB). Paulo Alexandre chamou Doria de “traidor” e disse que ele não representa os ideais de tucanos históricos, como Franco Montoro, Mário Covas e Geraldo Alckmin.

 

Primeiro da fila
Para o prefeito de Santos, “princípios a gente tem ou não tem”. Ele classificou de “oportunista” o movimento pró Bolsonaro que Doria fez ainda no primeiro turno. “Traiu seu padrinho político, mas a maior traição foi ao povo de São Paulo, aos milhões de eleitores que escolheram um prefeito para quatro anos e ficou pouco mais de um”, diz Barbosa.

Ameaçado de expulsão do partido pelo presidente do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias, Paulo Alexandre, que é integrante da Executiva Nacional do PSDB, disse não estar preocupado: “Sendo o critério para a expulsão a traição, João Doria é o primeiro da fila. Quem deve ser expulso é ele”.

Mais três
Depois de Paulo Alexandre, outros três prefeitos tucanos anunciaram apoio à reeleição de França: o de Pirassununga, Ademir Lindo, o de Lorena, Fábio Marcondes, e o de Queluz, Laurindo Garcez. Em entrevista coletiva, o prefeito de Pirassununga explicou o apoio a França: “Pelos ataques que fizeram aos meus amigos, como Geraldo Alckmin, Alberto Goldman e José Serra. Não aceito isso em política – cuspir no prato que comeu”. O presidente do PSDB no Estado, Pedro Tobias, anunciou que o partido vai punir os dissidentes. “É muito grave o que aconteceu”, afirmou.