A eleição presidencial parece decidida e, salvo um grande imprevisto, Jair Bolsonaro deve ser eleito presidente da República neste domingo. A grande dúvida está na escolha do próximo governador de São Paulo. Pesquisa Datafolha divulgada quinta-feira à noite revela um empate técnico entre João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) e a previsão é de uma disputa acirrada, voto a voto.
Considerado um azarão no início da campanha, com apenas três por cento de intenções de voto, França avançou na reta final do primeiro turno e superou por uma pequena margem o candidato do MDB, Paulo Skaf.
No segundo turno a disputa segue equilibrada principalmente em razão de apoios importantes conquistados por Márcio França, como o do próprio Skaf, que preside a poderosa Fiesp, e do senador eleito pelo PSL, Major Olímpio, que conquistou mais de 9 milhões de votos.
Ademais, Doria perdeu apoios importantes no próprio partido após ser acusado de trair Geraldo Alckmin, seu padrinho político. Diversos prefeitos do PSDB, entre os quais o de Santos, se aliaram a França. A Doria restou a opção de se agarrar a Jair Bolsonaro, o mesmo Bolsonaro que criticou duramente no início da campanha e de quem afirmou não desejar o apoio.
Em um momento de grave crise econômica, é fundamental para a Baixada Santista eleger um governador que tenha compromissos com a região, apoios políticos, e, principalmente, que honre sua palavra.
Convenhamos, honrar a palavra parece não ser algo que se encaixe no perfil de João Doria. Depois de eleito prefeito de São Paulo, o tucano afirmou 43 vezes que cumpriria seu mandato até o final. Chegou a assinar um documento nesse sentido. O que se seguiu, todos sabem.
Como gestor, João Doria também acumula fracassos (a maioria dos eleitores paulistanos rejeita seu governo) e até ganhou uma condenação na Justiça por “improbidade administrativa”, tendo seus direitos políticos suspensos por quatro anos. Merece governar o Estado?
A Baixada Santista não pode deixar escapar essa grande oportunidade. Bom voto a todos.
