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Governo Temer sugere a Bolsonaro congelar altos salários de servidores

17/11/2018

Com um buraco nas contas de mais de R$180 bilhões para 2019 e vários abacaxis para descascar, o presidente eleito Jair Bolsonaro admite adotar “medidas amargas” para colocar as finanças do país em ordem. Ele já recebeu um alerta da equipe do presidente Michel Temer no sentido de que é preciso frear os altos salários do funcionalismo federal.

O problema é queTemer não parece disposto a fazer a lição de casa: ele não pretende vetar o reajuste concedido aos ministros do STF, medida que vai provocar um efeito cascata nos três Poderes e gerar um rombo superior a R$ 6 bilhões.

Dados apresentados pela equipe de Temer ao presidente eleito revelam que o governo federal tinha, em julho deste ano, 1.275.283 servidores, dos quais 634 mil ativos, número que representa 24% dos empregos formais do país. O gasto com esse pessoal, em 2017, foi da ordem de R$ 172 bilhões, dos quais R$ 105,9 bilhões com servidores da ativa.

Medida de emergência
Na esfera federal, o maior salário hoje é de R$ 29,6 mil, fora eventuais vantagens, e o menor de R$ 1.467,49. Junto com o material encaminhado para a equipe de Bolsonaro, o governo Temer propõe, como medida de emergência, o adiamento dos reajustes salariais previstos para 2019.

O estudo alerta para a piora da situação fiscal do país em consequência de salários acima do valor de mercado e de reajustes de setores do funcionalismo acima da inflação.