TV em Transe

Um vazio no horário nobre

22/11/2018

A Record tem um abacaxi para descascar a partir de janeiro. Dois programas com bons índices sairão do ar e por enquanto não há sinal de quais atrações vão substitui-los. 

 

A décima edição de “A Fazenda” tem conseguido os melhores números do reality rural desde 2012, quando teve média de 10,9 pontos. Até o momento, a atual acumula 9,9 pontos no ibope. E já chegou a beliscar o primeiro lugar, incomodando a Rede Globo.

 

Em comparação com a edição anterior, que alcançou 8,8, a audiência do programa cresceu 13,7%. 

 

Considerando que na reta final os índices normalmente sobem, a média deve crescer ainda mais.

 

Quando a decima edição estreou, comentei que a escolha de Marcos Mion poderia dar novo fôlego ao reality – e não deu outra. Seu estilo despojado e bem-humorado transformou o programa, que parecia sem salvação quando contou com o robótico Roberto Justus no comando. Mion está completamente à vontade, como se estivesse à frente da atração há anos.

 

Adeus – O outro problema da Record diz respeito à despedida de Fábio Porchat. Após dois anos no ar, o comediante resolveu rescindir o contrato e seu talk show do fim de noite dará adeus no mês que vem.

 

Neste caso, a performance no ibope nunca foi a esperada pela direção da emissora, embora tenha subido surfando na onda de “A Fazenda”. Mas a intenção da Record era continuar com o talk show no ar, até porque o vínculo de Fábio Porchat só terminaria no final de 2019.

 

O humorista, aliás, deve seguir apresentando um talk show, mas em nova casa: no canal por assinatura GNT.

 

Perigo – Voltando ao Marcos Mion, ele já teria recebido uma proposta para renovar seu contrato com a Record, onde está desde 2009. A Rede Globo estaria de olho no apresentador, ligando o sinal de alerta no canal do bispo Edir Macedo, que neste momento nem sonha em perder Mion para uma rede concorrente. Seria um desastre total, ainda mais agora que “A Fazenda” encontrou seu “comandante ideal”.