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Mourão pede cautela para o futuro governo

24/11/2018

Vice-presidente eleito, o general da reserva Hamilton Mourão sugere que o futuro governo baixe a bola em manifestações sobre questões internacionais que possam eventualmente prejudicar interesses do Brasil. A fala do general, para a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, é uma tentativa de pôr panos quentes em declarações consideradas inoportunas do presidente eleito Jair Bolsonaro e de seu futuro ministro da economia, Paulo Guedes.

O presidente eleito Jair Bolsonaro tem priorizado relações com os EUA, deixando de lado a China, importante parceira comercial do Brasil, e também declarou que pretende mudar a Embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, o que provocou reações de países árabes. Já Paulo Guedes afirmou que o Mercosul não é importante para o Brasil.

 

A vez da razão
Mourão está convencido de que muitas declarações foram ditas no calor da campanha e que, agora, os integrantes do futuro governo devem seguir a razão. Sobre a China, afirmou: “Tenho certeza absoluta de que nós não vamos brigar – 34% das nossas exportações são para a China. Não podemos fechar esse caminho pois tem outros loucos para chegarem nele”.

Sobre a eventual mudança da embaixada em Israel, Mourão destacou que é preciso evitar conflitos desnecessários. Ele lembra que o Brasil sempre manteve um relacionamento importante com o mundo árabe. E fez um alerta: “Temos sempre que olhar a questão do terrorismo internacional oriundo da questão religiosa, que poderá ser transferida para o Brasil se houver um posicionamento mais forte em relação ao conflito do Oriente Médio”.

Mercosul
Em relação ao Mercosul, Mourão defendeu uma “conversa maior com nossos vizinhos, principalmente com a Argentina”. Sobre a ditadura Venezuelana, ele descartou qualquer possibilidade de uma intervenção por parte do Brasil. “Não faz parte da nossa tradição democrática a intervenção em assuntos internos de outros países”.

 

Bombeiro
Para quem considerava o general Mourão um radical de direita, suas recentes declarações causam surpresa e o colocam mais como um bombeiro a serviço do futuro governo.
 

Cirurgia de Bolsonaro só será feita depois da posse

Os médicos do Hospital Albert Einstein decidiram adiar a cirurgia que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, faria no próximo dia 12 em razão de uma inflamação no peritônio. O procedimento será realizado depois da posse de Bolsonaro, em 1º de janeiro, mas a data ainda não está definida. Segundo os médicos, o paciente encontra-se bem clinicamente.

A nova cirurgia será feita para a retirada da bolsa coletora de fezes que Bolsonaro é obrigado a usar desde o atentado que sofreu durante a campanha eleitoral.