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Governar sem paranoia

24/11/2018

Alguém precisa avisar ao presidente eleito Jair Bolsonaro que ele já ganhou a eleição e o momento, agora, é de definir a equipe de governo e preparar o trabalho de reconstrução do Brasil. Não faz mais sentido o discurso paranoico de combate ao comunismo que o presidente eleito e muitos de seus seguidores insistem em adotar. Até porque, convenhamos, o comunismo acabou faz tempo, com a dissolução da antiga URSS e com a queda do muro de Berlim.

O que temos no mundo hoje são ditaduras em fase terminal, como Cuba e Venezuela, que a pretexto de garantir o socialismo, exploraram e torturam seus povos e em nada diferem de ditaduras de direita que existem no planeta. Os tiranos são todos iguais.

Ademais, no caso brasileiro vale ressaltar uma frase dita por Emílio Odebrecht: “Lula nunca foi de esquerda, é um bom vivant”. Uma forma direta de retratar os fatos protagonizados pelo chefão do PT, que chegou ao poder com um discurso de esquerda, mas que governou com velhas raposas da direita, como José Sarney, Fernando Collor e Renan Calheiros. O resultado desta confraria, todos conhecem: um dos governos mais corruptos da história da humanidade.

Mais do que nunca, precisamos aprender com a história, para que ela não se repita e se transforme em farsa. Nos anos 1950, no auge da guerra fria, o senador norte-americano Joseph McCarthy iniciou uma campanha contra os comunistas. Sua paranoia fez com que milhares de cidadãos perdessem o emprego ou fossem expulsos do país sob a acusação de exercerem atividades antiamericanas.

McCarthy foi desmascarado pelo jornalista Edward R. Murrow, da Rede de Televisão CBS, e morreu em 1957 completamente desacreditado. O senador foi considerado uma pessoa infame e uma vergonha para os EUA. O magistral filme “Boa noite e boa sorte”, dirigido por George Clooney, retrata com perfeição os efeitos nefastos de uma triste época na maior democracia do planeta.

O Brasil não pode copiar o que foi um erro histórico dos norte-americanos. Vamos, portanto, deixar a paranoia de lado e construir uma grande nação.