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Analgésicos

24/11/2018

Os analgésicos constituem uma das classes de medicamentos mais usados no Brasil e no mundo. Como qualquer outro medicamento, eles precisam ser usados com racionalidade, apenas quando necessário e da forma correta. Os analgésicos, de um modo geral, também podem ter ação anti-inflamatória e antitérmica, com isso são medicamentos para tratar sintomas e não doenças. Sempre é importante investigar o que está causando o incômodo.

 

A dor precisa ser considerada dentro do contexto da pessoa. Quando ocorre de forma esporádica e associada a uma condição específica, como um dia desgastante, um comprimido de analgésico para dor de cabeça, por exemplo, não trará muita consequência. Porém uso diário do analgésico, sem solução do problema, ou quando associado a outras doenças, o mesmo comprimido, pode trazer riscos consideráveis. 

 

Um primeiro a considerar é o dano que os analgésicos podem causar ao estômago. Essa classe de medicamentos reduz o mecanismo de proteção gástrica contra sua acidez. O uso crônico de analgésicos, incluindo-se o ácido acetilsalicílico pode levar a um quadro de gastrite ou até de úlcera. Essa condição, com seu agravamento, é uma das principais causas por internação por hemorragia grave, e que pode, inclusive, levar à morte. Mas o uso excessivo desses medicamentos pode causar um quadro de intoxicação grave. 

 

Outros problemas estão associados ao uso crônico de analgésicos, como a indução a constipação intestinal importante. Dependendo do quadro associado, o uso constante desse remédio pode causar um processo isquêmico do intestino grosso, com dores, diarreias e sangue presente nas fezes. Além dos danos gerais, há os específicos de cada substância. Por exemplo, uma dose tóxica de paracetamol afeta significativamente o fígado.

 

Os analgésicos são muito usados por automedicação e podem interferir no efeito de outros medicamentos. A interação mais conhecida é a capacidade de reduzir o efeito dos anti-hipertensivos, notadamente dos diuréticos. 

 

Outra classe de medicamentos que não é analgésica, mas que pode aliviar a dor é a dos miorrelaxantes. Alguns produtos disponíveis no mercado são elaborados com misturas de analgésicos e miorrelaxantes. A associação das substâncias potencializa o efeito assim como os riscos de intoxicação. Os miorrelaxantes trazem sonolência e não devem ser consumidos com o álcool por aumentar o risco acidentes por diminuir a força muscular e o grau de atenção. Estudos nos EUA associam muitos acidentes de trânsito a eles.