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Alerta: novas reações adversas

08/12/2018

É plenamente sabido que todos os medicamentos provocam reações adversas. E para que um remédio seja colocado no mercado é exigido que os laboratórios farmacêuticos realizem extensos testes de segurança e eficácia do produto. Esses estudos são realizados durante dez a quinze anos e, somente após comprovação, as agências reguladores (ANVISA brasileira, FDA americana, EMA europeia, etc.) liberam a comercialização do produto.

 

Essas mesmas agências, associada à OMS, monitoram durante o período de comercialização o surgimento de novas reações adversas que não foram detectadas durante o período de estudo. São vários os motivos para que as reações adversas não sejam percebidas. Por exemplo, por acometer a poucas pessoas ou por surgir em situações não previstas nos testes, como causar problemas porque o usuário do medicamento tem outras doenças e faz uso de medicamentos variados que reagem mutuamente. 

 

Quando as reações são constatadas por uma ou mais agências, as informações são difundidas entre as agências que tomam decisões soberanas próprias. Dentre as decisões pode ser apenas a exigência de que uma dada informação conste nas bulas, ou que os profissionais da saúde recebam boletins técnicos alertando para a ocorrência e, ainda em situações mais graves, opte-se pela retirada do produto do mercado.

 

Recentemente, a ANVISA alertou para o risco de surgimento de câncer de pele não melanoma em situações de uso crônico de um diurético bastante usado, a hidroclorotiazida. Esse medicamento provavelmente aumenta a sensibilização da pele para os raios UV, facilitando o aparecimento do problema.

 

No Brasil, independentemente do uso dos diuréticos, esse tipo de câncer é responsável por 30% dos tumores malignos. É importante ressaltar que a substância é comercializada como monodroga produto somente com ela) ou associado à outros medicamentos. Pergunte ao farmacêutico se o produto o contém.

 

Esse tipo de câncer pode ser classificado em vários tipos diferentes. Dois deles são mais comuns. Um, menos grave, tem evolução lenta, enquanto o outro pode levar à metástase, gerando um prognóstico de maior gravidade. De um modo geral, eles se apresentam como uma ferida de difícil cicatrização localizada, normalmente, em áreas expostas ao sol, como rosto, pescoço ou orelhas. Em princípio, monitorando-se eventual lesão da pele, não há necessidade de interromper o tratamento. Converse com seu médico a respeito.