Sol, calor, férias, dias iluminados e mais alegres. O verão que começa na sexta-feira, 21 de dezembro, é a estação mais aguardada do ano por muita gente, mas, também, é a estação que requer maior atenção e cuidados com a saúde, principalmente por vivermos em um país tropical, de altas temperaturas nesta época.
Além dos cuidados com a pele, olhos, hidratação do corpo, é preciso redobrar os cuidados com a higiene, tanto pessoal quanto alimentar, já que o calor favorece a proliferação de microorganismos – bactérias, vírus, fungos -, causadores de diversas doenças.
Atenção com os olhos
Os olhos são prejudicados nesta época pela água do mar ou piscina contaminada, abuso das lentes de contato em ambientes com ar condicionado e viagens aéreas longas. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, essas condições aumentam em 20% a incidência de doenças oculares externas: conjuntivite, alergia, ceratite (inflamação da córnea) e olho seco.
Os sintomas são comuns – olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada -, mas cada problema exige tratamento diferenciado. “Todas as faixas etárias são afetadas, mas os riscos variam conforme a idade. O uso de colírio impróprio pode agravar estas doenças”, adverte o médico.
Sintomas em crianças e adultos – Queiroz Neto afirma que entre crianças os fatores de risco mais frequentes são o hábito de ficar mais tempo na água e nadar de olhos abertos sem óculos de natação. Já entre adultos são o abuso de lentes de contato, o excesso de ar condicionado e as viagens aéreas longas. O médico recomenda retirar as lentes de contato nas viagens aéreas com mais de 3 horas de duração (porque o ar é mais rarefeito dentro dos aviões), evitar o abuso de ar condicionado e proteger os olhos com colírio lubrificante.
Prevenção contra a conjuntivite – As dicas de Queiroz Neto para prevenir a conjuntivite no verão são: lavar as mãos com frequência; evitar o compartilhamento de equipamentos de informática, maquiagem, toalhas e fronhas; usar óculos de natação para praticar o esporte na praia ou piscina.
Dieta para os olhos – Para garantir a produção de lágrima o especialista diz que é importante fazer dieta com pouco carboidrato, gordura e carne bovina, porém rica em vitaminas A e E (presentes em alimentos como as frutas, verduras e legumes), além da suplementação com Ômega 3, presente nas sementes de linhaça, nozes, sardinha e salmão.
Problemas mais comuns
Além dos problemas de pele (um dos riscos da exposição solar sem proteção é o câncer de pele), as doenças mais frequentes no verão são aquelas que levam à perda de líquidos e à desidratação.
Desidratação – É a perda de líquidos e sais minerais do corpo. Normalmente, perdemos em média 2,5 litros de água por dia, seja pela urina, fezes, suor. Essa perda pode ser aumentada por vários fatores no verão, desde a transpiração até reações provocadas pela ingestão de alimentos contaminados ou mal conservados.
Insolação – Provocada pela exposição excessiva ao sol. Ela pode causar intensa falta de ar, dor de cabeça, náuseas e tontura, temperatura do corpo elevada, pele quente, avermelhada e seca, extremidades arroxeadas e até mesmo a inconsciência. Na insolação ocorre também desidratação.
Micoses – Nesta época do ano as pessoas transpiram muito e têm mais contato com a água. Isso faz com que a pele fique úmida por mais tempo, o que favorece o aparecimento das micoses, que são doenças causadas por fungos e que podem ser adquiridos na praia ou nas piscinas. Todo o corpo pode ser afetado pelas micoses, mas no verão é mais comum o acometimento das virilhas, pés e unhas.
Intoxicação Alimentar – Alimentos expostos por longos períodos à temperatura ambiente são os principais fatores de risco para esta intoxicação, causada por produtos contaminados por microorganismos nocivos. Os sintomas variam de acordo com o microorganismo causador do distúrbio, que em casos mais graves pode ser fatal. Por isto, toda atenção ao que come na rua.
