Baixada Santista

Histórica Ponte dos Arcos é remodelada com cores do arco-íris

18/12/2018

A primeira grande ponte do Rio Cubatão, a Ponte dos Arcos, situada no prolongamento da Avenida Nove de Abril e inaugurada em 1941, está sendo totalmente remodelada pela Prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal de Manutenção e Serviços Públicos (Sesep).

 

A estrutura já passou por um processo de raspagem da sujeira acumulada ao longo dos anos e recebeu uma base de tinta branca, tanto nos arcos como nas proteções laterais e colunas. Verde e branco serão as cores predominantes da estrutura principal e os arcos receberão as principais cores do arco-iris, vermelho, laranja, amarelo e azul. 

 

Segundo Gilvan Guimarães, secretário municipal de Manutenção e Serviços Públicos, os serviços estão sendo desenvolvidos sem ônus para a Prefeitura, mediante parceria com a empresa Alpha, que cedeu mão-de-obra e material. A orientação do trânsito no local, enquanto se desenvolvem os trabalhos, está sob a responsabilidade da Companhia Municipal de Trânsito (CMT) e a previsão é de que a obra esteja concluída até o fim do ano.
 

Fatos curiosos – A história da interligação da  Avenida  Nove de Abril à atual área industrial, pelo Rio Cubatão, apresenta fatos curiosos. A primeira ponte, construída na década de 1920, tinha estrutura em aço, sustentada sobre pilares de concreto e com o leito de sua única pista em madeira. O projeto é o mesmo da atual ponte, ainda existente, no Rio Casqueiro, unindo a antiga Avenida Bandeirantes, hoje Ayrton Senna, a Santos.

 

A ponte da Nove de Abril era utilizada principalmente por veículos de transporte de banana, então a base econômica da cidade. Com o aumento das dimensões e peso dos caminhões, decidiu-se pela construção de uma ponte maior, mais segura e com duas pistas.

 

Em 1935, fez-se uma ponte de concreto armado, com dois arcos de sustentação, no mesmo trecho do rio. A nova passagem, projetada para garantir maior segurança da travessia, desabou dois dias antes de ser inaugurada. 

 

Como a ponte antiga havia sido demolida, foi preciso fazer uma provisória: o tabuleiro, de madeira, ficava assentado sobre chatas (embarcações usadas principalmente no transporte de areia) e só podia passar um veículo por vez Ao mesmo tempo, aceleravam-se as obras da segunda ponte, desta vez utilizando-se uma técnica estrutural diferente. Surgia, assim, a ponte atual, com apenas um arco, inaugurada em 1941.

 

Nos anos 1970, a tradicional passagem viveu outra história curiosa, por ocasião das obras de retificação do rio Cubatão. Essas obras eram necessárias porque, naquele local, imediações do Largo do Sapo, o rio tinha uma curva muito acentuada. Quando chovia muito e surgiam fortes enxurradas, ele saía do leito, inundando a cidade. A retificação, entretanto, fez com a calha fosse totalmente alterada naquele ponto. Houve necessidade de fazer outra ponte. Quem percorre a passagem a pé, hoje, nota que a Ponte dos Arcos – que virou prolongamento de uma das pistas da nova ponte dos anos 1970 – ficou fora do leito do Rio Cubatão.