TV em Transe

O triste adeus do “Video Show”

17/01/2019

Não sobrou nem muito tempo para preparar uma despedida decente. Depois de sucessivas mudanças que não deram resultado, na mesma semana a Rede Globo anunciou o fim do “Video Show” e o tirou de sua programação.

Após 35 anos no ar, a atração merecia um tratamento melhor em seu fim. A última edição, exibida dia 11, pareceu feita “nas coxas”. Alguns ex-apresentadores deram depoimentos, e a atual (Sophia Abrão) chorou. Mas como justificar, por exemplo, a ausência de uma declaração do Miguel Falabella, que comandou o programa em uma de suas melhores fases?  

Há tempos o “Video Show” vinha se arrastando, a ponto de os telespectadores optarem por assistir fofocas na Record e no SBT (na verdade, seria melhor se preferissem desligar a tv e fazer algo melhor da vida).

Mais novela – E, ao acabar com o “Video Show” de uma hora para outra, o que fez a Globo? Passou os filmes da “Sessão da Tarde” para as 14 horas e encaixou mais uma novela na sua grade! Quanta criatividade! Agora tem dose dupla de “Vale a pena ver de novo”…

Realmente a coisa está feia para os lados da “toda poderosa”.

Na segunda-feira, dia 14, a “Sessão da Tarde” conseguiu superar a concorrência com “A Culpa é das Estrelas” – um filme recente e sucesso de bilheteria, bem diferente do que a Globo costuma programar na faixa vespertina. Resta saber se a emissora conseguirá manter este padrão para o horário.  

Isolados – Muito boa e elucidativa a reportagem de Rogério Coutinho exibida pelo “Fantástico” no domingo sobre as populações indígenas isoladas que vivem no país e o trabalho de agentes da FUNAI para protegê-las da ação predatória e criminosa do “homem branco”. São 26 grupos em sete estados. 

Infelizmente faltou a palavra oficial, pois as ministras da Agricultura e da Mulher, Família e Direitos Humanos negaram-se a dar entrevistas.