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Tabagismo

02/02/2019

O número de fumantes no Brasil tem diminuído de forma significativa. Atualmente, estima-se que 10% da população adulta fume, contra quase 16% em 2006. No Brasil, a coordenação das ações contra o tabaco é feita pelo Instituto Nacional De Câncer José de Alencar Gomes da Silva, o INCA. O consumo do cigarro compromete a saúde em curto, médio e longo prazos. É a principal causa evitável de adoecimento e morte, e traz prejuízo econômico para o país da ordem de R$ 57 bilhões ao ano. Esse montante leva em conta o custo direto do tratamento e o quanto o indivíduo deixou de produzir devido à doença.

 

A fumaça do cigarro é composta por cerca de 5.000 substâncias diferentes que causam um processo inflamatório crônico no trato respiratório. Essa contínua agressão compromete a capacidade de depuração do muco naturalmente produzido. Esse acúmulo de secreção induz o pigarro com o objetivo de eliminá-lo. O uso intensivo do cigarro também poderá causar condição irreversível de insuficiência respiratória: o quadro de enfisema.

 

A busca pelo cigarro se dá por uma substância específica, a nicotina, que causa a sensação estimulante e de prazer ao fumante. Porém, a aquisição dessa sensação se perde com o passar do tempo, fazendo com que a pessoa aumente a frequência de inalação e o número de cigarro por dia. É a chamada tolerância. A nicotina é responsável por vários dos riscos cardiovasculares, como hipertensão, infarto do miocárdio e AVC. Grávidas fumantes correm risco de parto prematura e bebe de baixo peso, situações de preocupantes para a criança.

 

Tão difícil quanto se livrar da dependência da nicotina, o hábito de fumar também é condicionante da dependência. O momento do cigarro, muitas vezes, é associado ao relaxamento. O ritual de acender um cigarro traz um condicionamento importante e, por isso, é preciso algumas estratégias para desviar a atenção do cigarro. Quem deseja parar de fumar tem acessível, no SUS, um programa interprofissional que para ajudá-lo. 

 

Não se pode esquecer que o tabaco, nas suas mais diversas formas de uso, traz sempre risco de câncer. São diversas as substâncias presentes na fumaça. O fumo é a principal causa de câncer de pulmão, mas também de bexiga. E as pessoas que convivem com o fumante, também estão sujeitos aos mesmos riscos, porque inala-se grandes quantidades de fumaça, dependendo do ambiente. Não fume no carro, por exemplo, quando houver outras pessoas nelas, principalmente crianças. É o chamado fumante passivo.

 

Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM), do curso de Farmácia da Unisantos, está disponível para solucionar suas dúvidas. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] 

 

Prof. Dr Paulo Angelo Lorandi, farmacêutico pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP (1981), especialista em Homeopatia pelo IHFL (1983) e em Saúde Coletiva pela Unisantos (1997), mestre (1997) e doutor (2002) em Educação (Currículo) pela PUCSP. Professor titular da UniSantos. Sócio proprietário da Farmácia Homeopática Dracena.