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E a “barriga”, como vai?

02/03/2019

Ao preocupar-se com a “barriga”, é estar atento para um fator de risco para várias doenças e não somente para a estética. A gordura intra-abdominal, ou visceral, é bastante prejudicial aos seres humanos. O tecido adiposo aumentado na região está relacionado à resistência à insulina, que é fator gerador de um estado inflamatório que pode resultar em diversos problemas como o aumento da taxa de açúcar no sangue, doenças cardiovasculares, hipertensão, distúrbios hepáticos, doença de Crohn (inflamação crônica do intestino), etc.

 

O excesso de caloria ingerida, seja na forma de gordura ou açúcar, será transformada em nosso corpo em gordura e será depositada no tecido adiposo, o qual localiza-se embaixo da pele (subcutâneo) ou entremeado às vísceras abdominais. Apesar de ser gordura, o tecido que armazena é diferente do ponto de vista fisiológico. O tecido adiposo visceral é produz substâncias capazes de comprometer o estado de saúde. O sangue que circula por ele vai diretamente ao fígado, causando sérios danos devido ao acúmulo de gordura.

 

A circunferência abdominal ideal para homens é de que seja inferior a 94 cm. A medida é mais restrita para os orientais, 90 cm. Para as mulheres em geral, o limite máximo considerado é 80 cm e, especificamente, às japonesas é 85 cm. A medida considerada é o maior perímetro abdominal entre a última costela e a crista ilíaca, segundo recomendações da OMS. Isso depois de uma profunda inspiração seguida de expiração. Quando necessário, a tomografia traz resultados mais precisos sobre a quantidade de gordura.

 

Pequena variação de 1 cm nessa medida já é capaz de promover aumento na possibilidade de risco. Se a obesidade visceral for acompanhada de hipertensão, diabetes, dislipidemia (nível plasmático de gordura), o risco para os problemas de saúde estará aumentado. Falar em risco significa uma maior probabilidade doenças e não uma certeza. Há de se ter cuidado especial ao envelhecer, pois as variações hormonais e fisiológicas ligadas à idade fazem com que a quantidade proporcional de gordura aumento no idoso. 

 

Para evitar-se esse risco basta andar. Estudos demonstram que andar 7.000 passos em média por dia já é suficiente para reduzir o risco. Preferencialmente, que esses passos sejam dados em intervalos de 30 minutos e que a atividade seja entre moderada ou intensa. Sempre respeitando os limites individuais, mas é preciso começar hoje!