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Fique de olho na saúde ocular

09/03/2019

Um dos órgãos mais sensíveis do corpo, o globo ocular pode ser facilmente prejudicado por diversas doenças, umas mais comuns e outras mais graves, que podem comprometer a visão e até colocar em risco a vida da pessoa. No verão, algumas delas se tornam mais frequentes, potencializadas pelos raios solares mais fortes, exigindo cuidado e proteção maior.

 

Doenças mais frequentes
Existem vários tipos de conjuntivites. De acordo com o oftalmologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Marcos Guerra, as mais comuns são as de origem infecciosa e alérgica. “A conjuntivite é uma inflamação na conjuntiva, que é uma membrana que cobre boa parte dos olhos, sobre a parte branca e sobre as pálpebras”, explica.

 

A incidência da conjuntivite alérgica é mais frequente na primavera, devido à entrada de pólen nos olhos, mas também ocorre bastante no verão, já que no Brasil as estações muitas vezes se misturam.

 

No caso da conjuntivite infecciosa, o perigo é o contágio de outras pessoas. Evite compartilhar toalhas de rosto e travesseiros e procure sempre lavar as mãos com álcool, líquido ou gel.

 

Marcos Guerra também cita o terçol, ou hordéolo, pode se manifestar de forma interna ou externa. “É mais frequente em pessoas de pele oleosa, e a causa é uma infecção dos cílios provocada por uma bactéria”, informa. Já o calázio é parecido com o terçol. Sua causa é a inflamação de uma glândula responsável pela produção da secreção sebácea que lubrifica o olho.

 

Tanto o terçol como o calázio e a conjuntivite alérgica não são doenças contagiosas. O tratamento deve ser feito com a ajuda do oftalmologista. No caso específico do terçol, o oftalmologista Francisco Penteado Crestana recomenda higienizar e limpar as pálpebras com a ajuda de um produto específico.

 

Nas crianças
Nas crianças, é importante a realização de exames oculares até o primeiro ano de idade para a prevenção do retinoblastoma, um tipo de câncer que precisa ser tratado até os três anos de idade, caso contrário pode até levar ao óbito.

 

O estrabismo precisa ser corrigido até os oito anos de idade. “O tratamento consiste em cobrir o olho saudável para forçar a visão do olho prejudicado. Depois dessa idade, a correção é praticamente impossível”, esclarece o oftalmologista Marcos Guerra.

 

Adultos e idosos
A catarata e a degeneração macular atingem principalmente as pessoas idosas. A primeira pode ser revertida com cirurgia. No caso da degeneração macular, cujo sintoma é a visão distorcida, se tratada precocemente também pode ser corrigida, daí a importância de procurar ajuda médica o mais rápido possível.

 

O mais perigoso para os adultos, porém, é o glaucoma, que precisa ser detectado o quanto antes. Trata-se de uma doença silenciosa que afeta o nervo ótico e que pode levar à perda da visão. Outra doença agravada pelos raios ultravioletas é o pterígio, que se manifesta na forma de um tecido que cresce próximo da córnea e pode requerer tratamento cirúrgico ou uso de lubrificantes específicos. 

 

A visita regular ao oftalmologista, pelo menos uma vez ao ano, é essencial para a prevenção de doenças como o glaucoma e a degeneração macular, principalmente a partir dos 40 anos de idade, assim como da catarata para as pessoas de mais idade.

 

Foto: sxc.hu image bank