Ainda que os recursos terapêuticos para o controle das mazelas orgânicas sempre tenham existido na história da humanidade, somente depois segunda grande guerra é que os medicamentos assumiram as características e a importância de como os concebemos nos dias de hoje. Atualmente, há muitos regramentos para que um produto seja aceito e utilizado como medicamento.
Nos dias de hoje, os medicamentos incorporam a evolução científica de estudos profundos e também se sujeitam às regras econômicas da oferta e da procura e, obviamente, a do lucro. Os medicamentos consomem grandes valores financeiros familiares e dos governos e seu uso precisa ser otimizado. Para esse objetivo, há de se ter esforço dos profissionais da saúde e dos usuários.
Todo medicamento usado pode trazer benefícios e também, com certeza, alguns malefícios. Sempre! A opção pelo uso dos medicamentos será quando os benefícios forem superiores aos malefícios. Outro aspecto importante é a limitação do benefício que um fármaco pode trazer. Isso é importante quando se pede mudanças nos hábitos de vida e também para diminuir a aura de “milagroso” que um medicamento possa ter, de forma equivocada.
Outro aspecto que interfere na otimização da terapêutica medicamentosa é a estratégia de marketing realizada pelos laboratórios farmacêuticos. Cada novo lançamento é “mais moderno”, “mais eficaz” e terá “menos reações adversas”. Tudo isso para justificar um custo maior. Vários estudos demonstram que alguns medicamentos já consolidados no mercado e que, normalmente, são mais baratos, são tão eficazes quanto os novos medicamentos lançados. Assim, nem sempre se justifica a sua troca, a qual pode até ser exigida pelo paciente, pela crença não fundamentada de que a substituição precisa ser feita.
Por outro lado, é importante garantir o acesso aos medicamentos para boa parte da população brasileira. Nesses tempos difíceis da economia do país, muitas pessoas não têm condição de compra. Alguns medicamentos fundamentais são distribuídos pelo poder público e, muitas vezes, estão em falta. A sociedade precisa se movimentar e exigir que estejam disponíveis.
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