A importância dos flavonoides tem sido descrita em diversos trabalhos científicos. Estima-se a existência de mais de 8.000 moléculas de flavonoides diferentes que integram diversas plantas. Apesar de presente na planta inteira, concentra-se, normalmente, em alguma de suas partes, como nos frutos (uvas, cerejas, maçã, etc.), nas hortaliças (pimenta, tomate, cebola, brócolis, etc.) ou nas folhas (chá preto ou verde). Alguns deles podem promover a cor do vegetal (roxo, vermelho ou laranja), o aroma (no café) ou o seu sabor (da uva no vinho).
O principal efeito benéfico dos flavonoides é a ação antioxidante, fundamental para a defesa contra os radicais livres. Os radicais livres são substâncias produzidas naturalmente pelo metabolismo do corpo, devido ao consumo de oxigênio. Desse modo, sua produção estará aumentada na atividade física. Mas também podem derivar de fontes externas como poluição, consumo do tabaco, da radiação solar, solventes industriais, além de alguns aditivos alimentares.
Como substância natural, o efeito danoso dos radicais livres é controlado por mecanismos orgânicos próprios, como complexos de enzimas ou de vitaminas (A, C ou E). Porém, quando o corpo é submetido a sobrecarga de radicais livres, danos celulares ocorrem e são denominados de estresse oxidativo. Desse processo, surgem doenças cardiovasculares, como enfarto e ateroma (deposição de gordura nas artérias), cirrose (quando associada a dieta rica em gorduras), doenças cerebrais, como o Parkinsonismo, ou até mesmo o câncer, devido a lesão celular no material genético. Ainda podem causar a infertilidade tanto masculina, quanto feminina.
O estresse oxidativo tem sido relacionado ao envelhecimento desde os anos de 1950, porém, atualmente, acredita-se que o corpo seja capaz controlar os efeitos nocivos radicais livres normalmente produzidos, desde que a pessoa tenha uma vida equilibrada. Pois, as dietas hipercalóricas e a obesidade aumentam a sobrecarga de radicais livres, criando condição para o aparecimento de doenças.
Por outro lado, a alimentação in natura e bastante diversificada, mais do que a ingestão de compostos elaborados industrialmente, garante níveis adequados de ingestão de flavonoides, permitindo maior efeito antioxidante.
