Um levantamento feito pelo UOL mostra que, nos três primeiros meses do ano, a Rede Record foi o grupo de comunicação que mais recebeu verbas publicitárias do governo federal, passando a Rede Globo.
Os dados, obtidos com base em informações da Secretaria Especial de Comunicação, apontam que dois anos atrás, por exemplo, a Globo faturou R$ 6,9 milhões no primeiro trimestre, contra R$ 1,34 milhão do SBT e R$ 1,21 milhão da Record. Em 2018, a Globo recebeu R$ 5,93 milhões, tendo a Record na segunda posição (R$ 1,308 milhão) e o SBT em terceiro (R$ 1,1 milhão).
Pois veio 2019 e, sob um novo governo, houve uma mudança radical na distribuição da verba. A Record abocanhou R$ 10,3 milhões. Em segundo, o SBT, com R$ 7,3 milhões. E a Globo logo atrás, com R$ 7,07 milhões. Em comparação com 2018, o crescimento do faturamento publicitário da Record atingiu 659%! E o do SBT subiu 511%.
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto alega que os pagamentos feitos no primeiro trimestre do ano não têm relação com ações determinadas pelo governo atual, pois haviam sido acertados no mandato anterior. E também questiona os números apresentados.
Ok, não há nada que obrigue o governo liberar uma determinada verba para a empresa X e outra para a Y. Mas o “curioso” nessa história é o fato de o governo Bolsonaro aumentar exponencialmente a grana destinada justamente para as emissoras às quais o presidente gosta de conceder entrevistas exclusivas. Em especial à rede do bispo Edir Macedo, cujo jornalismo tem sido descaradamente pró-governo.
Sobrevive – O programa “Bem-Estar” chegou ao fim da linha na Globo, mas ainda sobrevive de duas formas. Virou um quadro do “Encontro com Fátima”, apresentado por Michelle Loreto, e conta com conteúdo exclusivo, atualizado diariamente, na plataforma Globoplay, com informações sobre diversos assuntos ligados ao universo da saúde e do bem-estar.
Foto: Reprodução/TV Record
