Bolsonarista convicto, o desembargador aposentado Ivan Sartoni confirmou que pretende ser candidato a prefeito de Santos na eleição do ano que vem. Ao participar do programa Ponto de Vista, na segunda-feira (13), ele afirma que sua experiência no Tribunal de Justiça, que chegou a presidir, o credencia para o cargo municipal.
Ele revela que está sendo cortejado por diversos partidos, como PSD, PSL, Patriotas e Podemos, mas ressaltou que a tendência é sair candidato pelo PSD, após negociar diretamente com o presidente nacional da legenda, o ex-ministro Gilberto Kassab, e não com lideranças locais.
Sartori já colocou o bloco na rua: bem ativo nas redes sociais, tem mantido uma agenda bem agitada, que inclui participações em programas de rádio e TV e encontros como o que teve na quinta-feira (16), com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (também ex-juiz, mas federal).
Para Sartori, não houve massacre no Carandiru
Sartori foi juiz do Tribunal de Justiça durante 38 anos (presidente em 2012 e 2103). Conhecido como um magistrado “linha dura”, foi o autor de uma das decisões mais polêmicas da história do Poder Judiciário brasileiro: a anulação da condenação de 74 presos, pelos assassinatos de 111 presos em 1992, episódio que ficou conhecido como o Massacre do Carandiru. “Essa nomenclatura é invenção da imprensa e do Dráuzio Varela. Aquilo foi um levante e os policiais agiram para contê-lo. Eu decidi de acordo com as provas que estavam nos autos”, explicou.
Sartori afirmou também que ainda é cedo para avaliar os primeiros meses do presidente Jair Bolsonaro, mas reconheceu que o desempenho de alguns ministros deixa muito a desejar. “Mas estou confiante de que ele fará um bom governo”, disse.
